sábado, 15 de agosto de 2009

A vida vale à pena!

É natural do ser humano estar sempre associando o seu cotidiano às catástrofes, muito mais do que às benesses. O que dizer do medo do terrorismo, diante de tantos ataques pelo mundo afora, dos acidentes aéreos, das gangues e quadrilhas organizadas, da violência doméstica, da extinção das florestas, do bug nos computadores e tantos outros? O que fazer? Sair de casa? Melhor desconfiar e sumir...A mais recente das aterrorizadoras catástrofes é a gripe AH1N1. Percebe-se claramente no olhar das pessoas, o quanto estão apavoradas.

Estou em viagem, juntamente com meu filho, rumo à Fortaleza, para a comemoração do aniversário de 80 anos, de uma grande e querida pessoa..., meu Tio! Escrevo esta postagem do interior da aeronave, um Airbus, do mesmo modelo daquele envolvido na tragédia de Congonhas, há meses atrás. Percebe-se claramente que as pessoas estão desconfortáveis, tensas..., desconfiadas, desconfiantes. Aos menores solavancos, no tossir, na carência de informações, parece que o pânico habita as mentes e remete todos a um estado de alerta, absurdo.

Ainda me preocupa, o fato de que as pessoas são induzidas, ingenuamente, pela mídia, a retro alimentarem esse processo. Comentam exaustivamente os assuntos ruins, muito mais do que os bons. Eis a razão de estarmos submersos à desesperança! Acordamos, nos alimentamos e vivemos sob esse negro universo, esse medíocre pano de fundo. Alteramos os nossos comportamentos de forma drástica ao imaginarmos que estamos em uma roda viva, ou melhor, morta.

Tenho sentido uma dor e uma preocupação, pelo fato de não conseguirmos romper esse elo rígido, dessa corrente que nos amarra ao fundo do poço. Penso que o grande passo para nos libertarmos é darmos as mãos e seguirmos juntos, em uma corrente do bem, atravessando essa lama de terror, para nos exaltarmos e brindarmos à vida!

Depende de nós, pois a vida vale à pena!

4 comentários:

Ana Gelinski disse...

Oi, concordo quando fala que as pessoas adoram uma tragédia.Se tiver uma rodinha falando de morte, todo mundo se interessa, se espanta...mas, experimente falar que alguém está feliz, conseguiu comprar um carro novo...nem te dão bola, e ainda saem torcendo o nariz.
Acho que é natural do ser humano!!!

Precisamos é irradiar a nossa alegria, onde quer que seja, fugindo das "laranjas podres", para, como você diz, brindarmos a vida!!!

Beijos amigo!!

Adilene Adratt disse...

Olá, cheguei de Ctba ontem, pena não nos encontrarmos. Mas devo voltar em breve! Bjs e boa semana!!!

Armando disse...

Oi Ana, obrigado por estar participando. Tenho a certeza de que quando irradiamos alegria, por mais complicada que a situação seja, nos surgem saídas e pessoas dispostas a ajudar. Viva la vida!

Adilene, que bom que está por aqui! Certamente não nos faltarão oportunidades. Parabéns pela sua sensibilidade e transparência, e como expõe aquilo que te faz sentido.

Um grande beijo!

Bráulio disse...

Meu caro amigo, a vida é esplêndida, mas alguns acontecimentos que a somam podem ser cruéis. Não devemos desanimar diante das intempéries, pois ficaremos fragilizados e poderemos sucumbir precocemente no decorrer da nossa existência. A sabedoria oriental diz que devemos ser flexíveis como o bambu na ventania e sólidos como o carvalho nas enchentes, para que possamos florecer, embelezar e desfrutar os dias de ventura. Todos temos esta aptidão, basta focarmos nossa força interior. Um abraço