quinta-feira, 30 de julho de 2009

As Bolsas, as Modernas e a Modernidade!

Não só usado por mulheres, mas também por homens, as bolsas estão com tudo. Sempre puxando a moda, esse adereço, nem sempre, ou quase nunca, pitoresco, tem a capacidade de transformar uma pessoa, ao compor juntamente com as roupas e calçados um visual chique! Independentemente do tamanho ou da marca, as pessoas de bom gosto conseguem com muita harmonia comunicar o quanto estão antenadas com as tendências da moda!

Para quem já viu ou reparou, no interior da bolsa de uma mulher, há um universo paralelo, com infinitas conexões e soluções para os problemas mais complexos da humanidade: da eletricidade à beleza, da saúde à saudade, do esquisito ao indecifrável. Fotos, todos os tipos de maquiagem, calçados, equipamentos eletrônicos, potes com frutas, etc... Com ela resolve-se tudo, até assalto ou cantadas indelicadas, e acho isso fascinante! Na do homem, pequenas bugigangas descartáveis, recibos de contas já pagas, alguns recados, canetas e talvez um ipod ou um notebook, para passar o tempo. Nada demais, nada a descobrir, tudo sem graça...

Bolsas têm tudo a ver com a vida cotidiana, e acontecimentos movem este blog, razão pela qual estou escrevendo sobre esse tema. Para melhor entenderem, no Colarinho, ontem, fiquei surpreso... Não pelo tamanho da bolsa, ou pelo fascínio pelas mulheres, nem pela divertida conversa no balcão, mas por uma situação pitoresca que me chamou a atenção; me contive. Um dos Rubens também viu, mas não se conteve... Há muito tempo não via e pensei que as pessoas tivessem abdicado do seu uso. Daquelas tanto já me serviram e a muita gente também...

Eis que de uma bolsa grande e moderna, Praga, talvez, uma mulher, moderna, confraternizando com amigas, subitamente extrai do seu interior, uma máquina fotográfica, imensa, pesada, nem tão moderna assim, pois parecia um tijolinho prateado, daquele modelo que deve ter registrado a Santa Ceia...

De forma alguma quero ser grosseiro ou maldoso, mas obviamente devia ser herança, com valor sentimental; ou talvez a qualidade do filme, ASA 400, permita registrar imagens de amigas conversando em um boteco em meio à fumaça de cigarros, com maior qualidade, e ela sabia disso; ou ainda, pela necessidade de demonstrar ao mundo que podemos sobreviver à margem das inovações tecnológicas. Outra possibilidade que imaginei também, perpassa pela auto-afirmação e auto-suficiência, pois em meio a uma infinidade de máquinas digitais minúsculas, sacadas a todo tempo, lá estava ela, grandiosa e poderosa...

Brincadeiras à parte, fiquei realmente surpreso com a cena e de imediato lembrei-me do filme italiano “Quinteto Irreverente”, com direção de Mario Moricelli, com Ugo Tognazzi, Gastone Moschin entre outros. Uma comédia hilariante. Quem assistir vai adorar e entenderá a relação com este episódio e a razão de eu descrever tantas peculiaridades.

Voltando às bolsas...

terça-feira, 28 de julho de 2009

Que amor é esse!

amor
são nuances
perpetua
o limiar
do sentimento

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Fora de Controle!

Uma amiga, muito querida mesmo, me sugeriu ontem, que também escrevesse sobre os homens em meu blog e relampejou a seguinte tirada: “se quiser deixar um homem desesperado, é só esconder o controle remoto...”. Adorei e tive que concordar, já que eu tenho cinco aparelhos em minha casa, não vivo sem eles e não os troco de jeito nenhum por um único, o tal de controle universal, mais moderno e complexo. Um estudo diz que nas casas das famílias de classe média, existem pelo menos quatro controles remotos.

Fui dar uma olhada em quem foi o causador dessa confusão toda, que em alguns casos torna a convivência harmoniosa do lar, uma guerra e um caos. Achei o registro de que em 1950 o primeiro controle remoto foi criado pela empresa Zenith Radio Corporation e era ligado ao aparelho de televisão por meio de um cabo, o que incomodava muito, já que tinha um limite de distância e dificultava a mobilidade. Coisas simples assim... Depois vieram as inovações.

Fiquei a presumir que nos primórdios, ter um aparelho de televisão com controle remoto era motivo de orgulho para o casal, mas também que essa alegria tenha durado pouco. Começaram cedo as altercações, por infindáveis motivos: da falta de atenção à birra mesmo! Já vivi isso e ouço muito de amigos, de amigas, casais, namorados, pais, tios, de pessoas de todas as idades, nacionalidades, times de futebol, etc..., o quanto o controle remoto interfere em um relacionamento. Causa dor, mágoa, revolta e até separação... Em casos extremos, pode chegar a ser motivo de ódio e até de homicídios e suicídios.

Em outra ocasião, também de uma amiga, ou ex-amiga (é difícil conseguir extirpar uma benção como a amizade, mas tem gente que consegue...), tive que ouvir que os homens eram similares a um controle remoto, com somente uma tecla, de liga e desliga; e que as mulheres eram controles remotos complexos, com painéis extra-sensoriais, inclusive. Entendi claramente..., o assunto rompeu as barreiras tecnológicas e o sucesso ou fracasso de um casal passou a perpassar também pelo “combine-se” do bom uso do controle remoto, e é motivo para DR´s profundos, ampliando o mercado de trabalho para os terapeutas e analistas.

Por essas e outras, mesmo sendo um apaixonado por tecnologias e inovações, fica fácil entender o porquê não troco os meus cinco controles remotos simplificados, por um universal, mais complexo. Teria que ler o manual e fazer um curso. Penso que o importante seja o resultado e a satisfação, como alavanca para a felicidade. Quanto a escrever sobre homens, é justíssimo, mas talvez não tenha a habilidade suficiente para tal, já que sou expert somente no meu universo particular. Prometo me esforçar.

Aproveito para inserir abaixo um link de um filminho que o amigo Edgar, lá de Foz do Iguaçu, me enviou e que pode ajudar no entendimento das relações entre homens, mulheres, tecnologia de ponta, controles remotos, homicídios e suicídios. Deixo meu saudoso abraço àqueles que não vejo há algum tempo e lembro-lhes que não estar próximo dos olhos, não significa estar longe do coração!

http://oblog.virgula.uol.com.br/mynameis/?p=57


(foto extraída do site www.contaoutra.com)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Mulheres! "A Superior"

Estava convicto da assertividade da minha decisão em desistir das publicações sobre as mulheres, diante dos e-mails e telefonemas acalorados que recebi de algumas amigas, após a postagem sobre “as desquitadas”. Já que não tenho ninguém ao meu lado e não sou um interessado direto em me proteger, ao menos por hora, por que deveria trazer esse tipo de assunto para o meu blog? Somente para ajudar os amigos e homens em geral? Seria mais sensato estar do lado delas e não deles..., questionei-me!

Mudei de opinião e voltei com as dicas do livro “Tratado sobre Mulheres”, de Mario Kostzer! Não pelo fato de eu ser volúvel ou influenciável, fraco ou medroso, mas o que presenciei hoje me fez levantar uma bandeira, para que não se “durma com o inimigo”, ao menos não ingenuamente.

Adoro a dinâmica da vida e recebemos frequentemente alguns insights, que nos levam a mudarmos de idéias. Que bom que grande parte das pessoas não carregam um orgulho bobo, mudam trajetórias, sem traírem os seus princípios, e seguem adiante, sempre que necessário.

Novamente eu na rua XV, hoje, caminhando..., quando duas mulheres bem atrás de mim, na faixa de 35 a 40 anos, conversavam animadamente. Involuntariamente ouvi! O diálogo era sobre os homens, lógico - homens, compras, dinheiro e empregadas são os assuntos favoritos das mulheres, e o enfoque central de que “não haviam mais homens, somente dois tipos: homossexuais e otários”. Confesso que fiquei em choque, pois não sou homossexual e assim, caí diretamente na outra classe: dos otários...

Tentei resistir ao máximo, argumentar comigo mesmo e tentar provar que “aquelasinhas” não sabiam o que diziam, que não conheciam homens de verdade, que estavam machucadas, coisas assim..., em vão! Fui vencido, e talvez nas minhas relações realmente tenha sido o cara..., só que agora rotulado!

Diante dessa dinâmica, de guerra dos sexos, justifico a inserção de mais um perfil, que escolhi, até por conhecer “gente” assim!


A Superior

Quer fazer crer que está acima de tudo. Diz que já experimentou de tudo. O mundo para ela é cheio de imbecis, e você, logicamente, é um deles. Suas atitudes mais mundanas se justificam pelo seu status de auto-suficiente. Faz idiotices de mulheres adolescentes porque, como nada lhe importa e ela é uma auto-suficiente, pode tudo. Olha você de cima.

Embora ignore tudo, tudo sabe. Atrás desse disfarce, há uma mulher comum e primária, louca para fazer coisas como todo mundo...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Que amor é esse!

plantei
purpurinas
colhi
bolhas de sabão

Vale tudo!

Especialistas reportam, com muito conhecimento de causa, que algumas profissões são tão antigas, que remontam há séculos e cujas práticas predominam até os dias atuais. O que dizer dos contadores de estórias, das prostitutas, dos vendedores, dos políticos, dos clérigos e tantos outros que não caberiam neste texto, se os quisesse relacionar...

Furtei-me a escrever um pouco sobre este assunto, após identificar a imagem que anexei ao blog. Trata-se de uma imagem de Jesus, bem moderninho, jovem, usando jeans e em posição de extrema atitude, localizado em uma igreja na cidade de Londres, na Inglaterra. A primeira vez que a vi fiquei encantado, pois para mim trouxe a idéia de mudanças, modernidade e inovação. Sou católico, pouco praticante, confesso, e de imediato me ocorreu da possibilidade de estarmos revendo alguns posicionamentos arcaicos, deixando de lado as rusgas e os preconceitos em prol do puro respeito ao ser humano e em defesa da vida.

Fui instigado a refletir um pouco mais sobre a imagem, sobre os meus pensamentos e os meus ímpetos pelo novo e buscar entender melhor esses movimentos. Especificamente quanto à igreja em geral, sobre as suas diversas variantes que buscam atrair e reter fiéis, independentemente da razão - pela fé ou pelo dinheiro. Quanto aos políticos, sobre as manobras para perpetuarem-se no poder, distribuindo migalhas. Os contadores de estórias, emergindo ou materializando sonhos, assim como prostitutas e vendedores.

A conclusão que cheguei, a qual não foi nem um pouco difícil, passa pela astúcia e pela importância da aplicação da valorosa criatividade do ser humano em prol do seu "negócio", ao usar de técnicas de marketing para atrair seus clientes, já que clientes significam poder ou retorno financeiro, ou ainda as duas coisas; independentemente do que seja o negócio, o que importa hoje em dia são os resultados... Neste caso, especificamente, nada mais adequado do que atrair o público jovem, ávidos por descobrir a vida, utilizando da sua própria linguagem...

Volto à questão das profissões antigas, ou atuais, das tramas, das tentações e do obscuro universo das conquistas, envolvendo políticos, prostitutas, vendedores, clérigos e contadores de estórias, entre tantas outras, sem deméritos a nenhuma, cada qual com a sua estratégia de sedução para atrair a atenção daqueles que lhes convêm. Depois, com talento, é só conquistá-los e, se quiserem, manipulá-los...

Pense bem..., com fé!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Vitória Íntima

Meu coração fechou as pétalas sobre os meus sentimentos

Como a penumbra da noite,
A meditação desceu em meu olhar
E acendeu dentro de mim a lâmpada serena.

Sozinha entre a multidão humana
Silenciosa no mar ululante da vida.

Submergi como um peso morto
Na fluidez espiritual do transcendente.

Helena Kolody

terça-feira, 21 de julho de 2009

Viva a morte!

Ontem mais uma vez morri! Morri bem próximo aos meus amigos, em um balcão de bar..., eles mal perceberam, mas foi uma morte muito dolorida! Por infinitos segundos senti a vida ir se esvaindo e a minha alma incômoda e cansada desprender-se. Tive a sensação de que os planos se fundiram e pude ver claramente parte de mim se libertando. Não sei bem como essas coisas ocorrem e tampouco busco explicações, as quais certamente existem e simplificariam minhas incansáveis experiências, como essa. Sei que comigo são freqüentes e a única certeza que tive é de estar vivo, pois é o básico para se morrer.

Nesta reflexão, não simplifico a morte como o inevitável a todo ser vivo, mas sim no quanto matamos e morremos incessantemente durante toda a nossa vida corpórea. A grande diferença entre as pessoas está no fato de que os processos acontecem com maior ou menor freqüência, com maior ou menor intensidade, com maiores ou menores conseqüências, com um maior ou menor sofrimento... É preciso matar um sentimento para originarem-se outros. É preciso matar uma dor, para que irradie conforto. É preciso matar um momento para que outro surja. É preciso matar uma vida para se construir outra...

Também um olhar sobre o quanto estamos vivos, dispostos a termos experiências e a vivermos, para então podermos morrer a cada experiência ou momento, que se queira matar. Zumbis existem, de alma vazia e triste, propagando um imenso nada na vida das pessoas, assim como espíritos de luz, que nos envolvem e nos impulsionam ao ápice da nossa existência, em experiências incríveis e inesquecíveis. Existem sim..., muito próximos, às vezes ao nosso lado!

Ao finalizar, com este texto não busco influenciar ou contrapor crenças, mas apenas reforçar o fato de que para se morrer é necessário estar vivo, e estar vivo é um desafio imenso diante dos infinitos vazios que projetamos para nós mesmos.

Viva a vida! Viva a morte!

domingo, 19 de julho de 2009

Amigos!

Na data de 20 de julho, comemora-se o “Dia do Amigo”, data em que reforçamos nossos vínculos de amizade e celebramos os laços que nos unem a pessoas tão diferentes. Segundo o que pesquisei na Wikipédia, a data foi adotada na Argentina, Buenos Aires, em 1979 pelo Decreto 235\79 e gradativamente foi sendo multiplicada para outras partes do mundo, onde passou-se a considerar como um marco simbólico a celebrar a alegria da amizade. No Brasil, a data é comemorada neste mesmo dia.

Tenho ouvido e participado de muitos momentos que reforçam o vínculo de amizade, e isso me gratifica!. Meu tio lá de Fortaleza diz que “amizade não tem contabilidade”; Milton Nascimento, que “amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo”; Paulinho e Cris, longa data; Valério, e depois Ana Paula, que “os amigos me aceitaram no Colarinho e hoje tenho mais amigos aqui do que lá nas Minas Gerais”; Amici externa a “alegria, a satisfação e o carinho por sermos bons amigos”; Rubinho e Rubão extrapolaram o vínculo e tornaram-se sócios; Laurinha, o pai, Rubão e Sandra, quase adultos, inseparáveis; Larinha, por hora ausente, mas presente; Doctors, Sérgio, Pierre e cia, pelo bem comum das amizades; Anne, sempre próxima; Bueno e Braulio, solícitos e gentis; Ju Saito, nos admiramos; pessoal de Foz, longe mas próximos; amigos do msn e orkut; meus pais e irmãos, juntos; filhão maravilhoso e por aí vai! Tantos outros... Todos!! Inseparáveis!!

Desta forma quero externalizar o meu carinho e minha alegria, e agradecer a oportunidade de poder participar da vida de todos vocês. Um brinde por sermos amigos! Peço que as bênçãos iluminem o caminho de todos na certeza de que o fato de nos encontrarmos significa que de alguma forma estamos seguindo em uma mesma direção.

Um grande abraço, bem apertado mesmo, para que nossos corações continuem pulsando na mesma sintonia!

Ressentimentos!

Por esses dias, Andréia me mandou uma linda mensagem sobre ressentimentos, cuja brilhante referência de Shakespeare: “é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra”, me remeteu à divagar um pouco mais sobre o tema. Amores vãos, corações esfacelados, amizades destruídas, laços desatados, vínculos desfeitos, cacos espalhados pela vida. Uma vida que segue em um curso certo, e apesar das incertezas..., uma vida que segue...

“Tornar a sentir”, o significado da palavra, no verbo transitivo, podendo ser “advertir, dar fé” no verbo pronominal. Pode ainda ser o resgate de um sentimento bom, que nos impulsiona, ou o ressurgimento de mágoas e decepções, que nos limita. Pode ser uma alavanca. Pode ser um processo de morte de uma parte nossa que anseia por dar lugar à outra. Pode ser pequeno ou grande, difícil ou fácil. Pode ser dolorido ou patético. Pode ser íntimo e solitário, ou expandido. Pode ser necessário e fundamental, para crescermos!

Finalizo com Tao:

“Se queres que algo se contraia, primeiro deixa distender-se
Se queres que algo se enfraqueça, primeiro deixa fortalecer-se
Se queres que algo caia, primeiro deixa elevar-se
Para poder receber, deves ter dado, antes
Isto se chama sabedoria
O brando e o frágil vencem o duro e o forte”

Tao Te King

sábado, 18 de julho de 2009

Que amor é esse!

amor
quando vem
deflagra
quando vai
implode

terça-feira, 14 de julho de 2009

Inflexões ao desapego!

Acordei em meio às minhas reflexões, colocando na balança os erros que tenho cometido. Penei ao constatar que em meu grande berço de emoções repousa uma infinidade de ilusões perdidas que transbordam a razão e reforçam em traços imperceptíveis uma vida descabida. Retalhos e mais retalhos de sentimentos esfacelados e fracionados em pequenos momentos vãos. Gavetas e mais gavetas de mágoas, ressentimentos e raiva, acumuladas, rebento de um redemoinho de complexidades submersas. Armários e mais armários de experiências e relações despropositadas, sustentáculos dos interesses míopes de gente inescrupulosa e vil e que um dia acatei. Um universo íntimo e desprezível de relações infrutuosas e fúteis, frívolas e inconstantes, ancoradas no anseio de me sentir vivo em um presente duvidoso.

Por muito tempo tenho guardado tudo, como se a minha vida fosse um depósito de frustrações e uma fortaleza, inerte, indolente ao pulsar da própria vida. Tenho guardado sim, a sete chaves, em retalhos, em gavetas e em armários. Comigo mesmo carrego de chofre esse peso, cuido para que ele não se dissipe e não me deixe vazio, enquanto acumulo novas experiências imponderáveis. Minhas foram as escolhas, e custo a acreditar que um dia poderei remediá-las ou dar-lhes novo sentido, já que são frutos de intensas relações minhas comigo mesmo, em uma perspectiva singular; obra de um contrato meu e único. Não quero desgarrar-me de mim mesmo.

Insurgirei sobre qualquer tentativa minha de romper os elos que me prendem a esse passado excessivo e rigoroso; embaterei qualquer débil pensamento libertário, que me remeta a questionar-me sobre o meu próprio destino; repugnarei qualquer movimento do meu corpo que me lance ao estéril universo distante do meu querer; corromperei o cosmos se forçoso for, e celerado serei para resguardar tudo aquilo que me pertence.

Quero viver no limiar de mim mesmo e fartar-me das minhas escolhas. Quero desapegar-me ao meu tempo, por mais que os juízos inundem o meu pequeno canto de melancolia e inquietação. No anseio de querer libertar minha alma, posso aniquilá-la.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Todo dia é dia de rock!

Rauzito já dizia que “o diabo é o pai do rock”, hoje, 13 de julho, comemora-se o “Dia Mundial do Rock”. Para matar a curiosidade daqueles que ainda não sabem, e para evitar as especulações aos desatentos, a data é razão do advento do Live Aid, festival que aconteceu em 1985. simultaneamente na Filadélfia (EUA) e em Londres (Inglaterra). O Live Aid foi um festival pelo fim da fome e teve como um dos seus principais idealizadores Bob Geldof. Incorporaram à idéia e participaram do festival, rockeiros e bandas como Black Sabbath, The Who, Queen, David Bowie, Dire Straits, Judas Priest, INXS, U2, Eric Clapton, Sting, Mick Jagger, Paul MacCartney, Led Zeppelin, Bob Dylan, Elton John, Madonna, Santana, Phil Collins entre tantos outros. Mais de 60 artistas se uniram pela causa e 20 anos depois a data foi celebrada como o “Dia Mundial do Rock”, para surpresa e admiração de todos.

O festival Live Aid trouxe mais de 16 horas de música e arrecadou mais de 60 milhões de dólares, os quais foram doados aos países africanos no combate à fome. Phil Collins abriu o festival nos Estados Unidos e voou para a Inglaterra para fazer o fechamento naquele país. Ainda, como informação, não foi editado CD ou DVD deste show, tendo em vista a grande quantidade de artistas envolvidos.

Finalizando, em comemoração ao “Dia Mundial do Rock”, inseri fotos de algumas bandas e artistas de renome, que particularmente gosto, como desafio às pessoas que acompanham o blog em identificá-las.

Boa curtição!!































domingo, 12 de julho de 2009

Mulheres! "A Desquitada"

Adoro as mulheres e, verdadeiramente, sou fã incondicional delas! Aprendi a tratá-las cada qual do seu jeito, com muito carinho e respeito, com amor e consideração, com flores e presentes, mas também com desprezo e cinismo, se assim tiver que ser. Hoje entendo e percebo o valor que as mulheres têm, fruto dos seus sonhos, das suas expectativas e desejos, e da forma como encaram a vida, o trabalho, a família e o homem ao seu lado.

Não posso deixar de reverenciar as boas mulheres, de elogiar as belas, de valorizar as batalhadoras, de me encantar com as vibrantes, de estimular as frágeis, de retribuir as meigas, de alfinetar as provocadoras, de ignorar as arrogantes, de desprezar as metidas e de sacanear as sacanas. Assim, fui buscar mais informações para entender aquele lado oculto, às vezes falso, que as mulheres possuem e que quando descobrimos já é tarde..., fomos sacaneados! Encontrei uma pérola que se chama “Tratado sobre Mulheres”, escrito por Mario Kostzer e que traz uma descrição descontraída de 100 pistas bem humoradas para se desvendar os mistérios da mente feminina, as quais estarei eventualmente inserindo no blog (please don’t kill me).

Não me acho nem um pouco machista, mas agora, prevenido, não quero mais cair em armadilhas, enganações ou ilusões, e nem que meus amigos caiam... Perdoem-me minhas amigas, e também as esposas e namoradas dos meus amigos, as irmãs, mães e etc... Não fiquem chateadas comigo, pois isso tudo não vale para vocês...!


A Divorciada

Este é um ser complicado de se tratar, entender e suportar, embora seja facilmente reconhecível. Costuma ser um exemplar cobiçado por alguns “caçadores” que, à custa de tolerar o relato das desventuras vividas por ela com seu ex, perseguem uma aventura com aquela mulher. Assim que adquire o status de “separada” consegue, finalmente, encontrar utilidade pata algumas partes de seu corpo; por exemplo, para aquele adorno que ostenta sobre o pescoço conhecido como “cabeça”... É ali que começa sua transformação: tinge o cabelo e, em alguns casos, faz um corte que jamais lhe teria ocorrido fazer quando estava casada ou mesmo ainda solteira. Agora é uma rebelde sem causa, uma liberada. Como resolveu viver tudo o que não pôde ao lado daquele que “desgraçou a sua vida”, o fará tonta ou loucamente, comportando-se, como óbvio, algumas vezes como tonta e outras tantas como louca. Empreenderá negócios absurdos, pois precisa demonstrar que é capaz de tudo. No entanto, o que mais quer é que seu ex saiba que ela pode sem ele ou, pior, que não podia justamente “por causa dele”. O resultado será patético e, diante do fracasso de suas insólitas iniciativas, terminará mostrando as garras para tirar dele tudo o que puder. O sucesso da divorciada deveria ser, necessariamente, a ruína de seu ex, embora culmine na patética decadência dela mesma.

sábado, 11 de julho de 2009

Nós sempre pagamos a conta!

A Rua XV, em Curitiba é o grande exemplo de multiculturalismo da cidade, uma vez que trafegam por ela, diariamente, milhares de pessoas, atraídas por motivos diversos: profissionais, passeio ou lazer, compras, paixão. Brancos, afro descendentes, orientais, jovens, idosos, homens, mulheres, adultos e crianças, desempregados, trabalhadores, ricos e pobres... A foto que anexei nesta postagem é da janela do meu escritório em um dia de chuva. Sinto-me privilegiado e me encanta estar por ali.

Falando de pessoas e acontecimentos, fiquei bastante instigado a escrever algo sobre este tema, uma vez que dois jovens que caminhavam na XV, atrás de mim, conversavam indignadamente sobre a questão das quotas raciais nas universidades e não pude deixar de ouvi-los, mesmo que involuntariamente. Pela idade, acredito que devam freqüentar aulas em um cursinho e se mostravam preocupados com o futuro, com a competitividade, ao debaterem indignados e incluírem o assunto como prioridade, além de garotas, internet e games.

Dois pontos me chamaram a atenção neste episódio, que compartilho de forma breve a seguir:

O primeiro, que internalizei e refleti, é de que muito se fala da alienação dos jovens e de uma geração perdida, que está à margem dos acontecimentos da sociedade. Este exemplo mostra justamente o contrário - assuntos que os afetam diretamente, são de interesse deles, outros, talvez não. Carpe diem! Concluo este ponto com a afirmação de que o preconceito é nosso, e antigo, fruto do conflito de gerações. Todos também somos de certa forma alienados ao sermos comparados com gerações anteriores. Ou seja, não se podem comparar gerações usando marcos rígidos. Se o fizermos estaremos deixando de lado princípios da evolução e nos amarrando a um passado que não retornará nunca mais. Nostalgia pura! Retrocesso, também!

O segundo ponto, especificamente sobre as cotas raciais (ação afirmativa) para universidades, acho que não se pode deixar de admitir a existência de um passivo moral, que de alguma forma deve ser remediado. Respeito as opiniões dos outros, mas acredito que o modelo aplicado e a forma como o assunto foi empurrado “goela abaixo” da sociedade, não trará um desencadeamento a contento. Exemplifico com o simples fato de que não adianta ceder vagas na escola, sem um apoio didático, como materiais e livros, ou fisiológico, como alimentos, moradia e condições de vestimentas, entre outros. Esses fatores afetam diretamente na aprendizagem e na formação dos jovens, para que sejam capazes de se destacarem em um mundo competitivo. O problema é sistêmico!

No meu humilde entendimento, iniciar um programa especificamente para cotas às pessoas oriundas de escolas públicas, com um suporte financeiro através de fundos, para a complementação da educação, seria louvável. Só que este assunto, desta forma, mexe com as elites da sociedade, com instituições privadas e consequentemente interfere em uma seara financeira. Também, não esqueçamos que grande parte dessas instituições ou pertencem ou possuem influência de políticos.

Quero dizer, contudo, que uma vez mais assuntos de interesse da sociedade recaem nos políticos, cujo palco, há tempos, anda em crise em nosso país. Ainda, que a responsabilidade recai diretamente sobre nós, que infelizmente temos a incapacidade de escolhermos adequadamente os nossos representantes. Trocar os tapinhas nas costas, churrascos, cestas básicas, dentaduras, favorecimentos e tantos outros mimos, pelo nosso voto, nos custa caro!

Pense!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Qual o tamanho dos seus sonhos?

Na minha linha de pensamento, acredito que as pessoas buscam ser sempre melhores, ou pelo menos deveriam, e procuram no mínimo neutralizar as suas deficiências, justamente para potencializar as fortalezas. Trago comigo a experiência pessoal com uma premissa de que devo ser intenso em tudo o que faço. Realmente colocar paixão em tudo aquilo que tenha decidido fazer, sem medo de correr riscos e de ter que corrigir ou alternar os caminhos, se necessário. Se for para ser ou para fazer, que eu seja integral. Um pouquinho só não me satisfaz!

É óbvio que cada um tem o seu perfil e faz as suas escolhas, e também paga o preço por elas. Hora brindamos um sucesso e hora nos recolhemos diante do fracasso, independentemente do assunto: felicidade no amor ou solidão e frustração profunda; a alegria de uma viajem planejada e a frustração de não poder realizá-la; a expectativa de bons negócios e a frustração do caixa vazio ao final do mês..., assim por diante. O fundamental é que na balança das suas realizações os sucessos sempre superem os fracassos e que as nossas ousadias nos impulsionem àquilo que realmente queremos para nós mesmos.

Reforço a questão das escolhas, as quais estão vinculadas aos sonhos, aos sucessos, aos fracassos e principalmente à felicidade. Sonhar timidamente nos remete à mediocridade e exageradamente pode nos elevar às frustrações, o que nos distancia da felicidade. Sonhar adequadamente nos remete ao sucesso e conseqüentemente a uma vida feliz.

Mas o que é adequadamente?...a escolha é de cada um!

Lembre-se: você é do tamanho dos seus sonhos..., seja feliz!

Namastê!

terça-feira, 7 de julho de 2009

amor e dor

o amor é pulsar
dor é desamor

as lágrimas
consolo do coração partido
as palavras
respostas da mente confusa

a mentira
doença da imaturidade
a raiva
cura do corpo doente

o tempo
guia das emoções
o reencontro
conforto dos sentimentos

o pulsar é amor
desamor é dor

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Retórica da vida comum!

Um belo dia acordou e percebeu que para ele o mundo havia quase acabado. Ao olhar pela janela, na manhã cinza de Curitiba, nenhuma ação. Esperou que o tempo e os acontecimentos lhe sinalizassem a melhor direção e pôs-se a seguir a vida. Questionou-se: por que somos tão passíveis de desistirmos, frente às pequenas dificuldades? Cuidou dos seus retalhos...

Esperou o cair da noite e recolheu-se em uma espera silenciosa e dolorida, por achar que os próximos dias poderiam não ser tão cinzas!

Resiliência!

sábado, 4 de julho de 2009

Que amor é esse!

pra seu desgosto
fiz chover petalas de rosas
pra seu desespero
gostei

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Um brinde à amizade!

Muitas vezes nem é necessário conhecer alguém. Basta chegar, sentar-se, ou mesmo ficar em pé, cumprimentar as pessoas, entrar no assunto ou mudá-lo, participar, rir e falar alto, integrar-se. Na próxima vez, talvez já lhe chamem pelo nome e sirvam o seu drink favorito antes mesmo de você pedi-lo.

Assim é a dinâmica de um bom boteco. Podem estar na conversa: solteiros, casados, homens ou mulheres, às vezes os filhos também estão acompanhando. Não importam os títulos, a cor, muito menos a origem. Trata-se a todos com uma cortesia diferente, sem melindres, respeita-se as opiniões, mesmo contraditórias. Os assuntos? Infinitos...: da governabilidade ao golpe, das cruzadas cristãs à descoberta da água em marte. Todo mundo “reverinando” (palavra que surgiu no bar em outra ocasião e que ainda deixa dúvidas quanto ao seu real significado e forma de uso. Na dúvida usa-se para tudo...).

Este flagrante da foto foi no Colarinho durante o jogo da Libertadores, ontem. Amigos de balcão, cujos laços afetivos transcenderam o brinde e se solidificaram!
Paz, saúde e vida longa!!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Eu Recomendo!

Maravilhoso e encantador! Adoro cinema, filmes, shows e documentários. Mergulhar em um universo paralelo e sentir-se parte de algo muito maior, muitas vezes distante da minha realidade, me fascina.

Não posso deixar de comentar “Across the Universe”, que assisti hoje na tv paga (HBO). Doce, inspirador, estimulante. Um romance que ocorre no final da década de 60, nos Estados Unidos, em meio aos confrontos internos e externos daquele país frente à Guerra do Vietnã. Época de violência e de dor. Época psicodélica, dos movimentos de liberação, da pura magia, do amor e da paz.

Um musical, ou quase, orquestrado pelas composições dos Beatles, cantado e representado com maestria por um elenco capaz. Brilhante! Primoroso! De imediato fui à web comprar o DVD, esgotado...

Tenho visto pessoas muito próximas e incapazes de amar, que acham que sempre serão assim, pois crêem que "pessoas não mudam". Assim, potencializam uma dor enorme e irradiam sofrimento. Uma oportunidade de sentirem-se bem, melhores, capazes, diante de uma lição de amor, de amizade, de companheirismo, de solidariedade e de crescimento. Um estímulo para refletirem sobre os próximos passos e escolhas, para viverem uma vida que valha à pena. Pessoas não mudam, transformam-se!

Eu realmente recomendo!