sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Aconteceu...

Por força do hábito, temos entendido o pavor como uma expressão ligada a sentimentos ruins, frutos de situações desagradáveis. A primeira vez que a vi, senti um pavor. Minha respiração alterou-se, meu coração disparou, minhas pupilas dilataram e minhas pernas tremeram. Gelei. Jamais havia sentido algo assim..., um turbilhão de indecifráveis emoções. Entrei em choque...

Entendi que ali estava tudo aquilo que buscava, se é que buscava algo. Sem sequer saber seu nome, ou quem era, sem sequer dirigir-lhe uma única palavra, sem sequer reparar a sua celestial beleza, sem sequer indagar-me sobre nada, encantei-me e encontrei-me. Perdi a lógica e o raciocínio... Lembro-me como se fosse hoje, e foi a sensação mais maravilhosa que já senti em minha vida!

Encontros assim, não ocorrem ao acaso, não com essa intensidade, não com essa certeza. Inesperado encontro, somente meu, que enraizou em meu peito um caleidoscópio, que me provoca as mais absurdas reações, sempre inexplicáveis, que me fazem pulsar absurdamente. Sinto pavor até hoje. A cada momento, e a cada lembrança, minhas pernas tremem e meu coração ainda dispara. Adoro isso!

Não existem explicações para os sentimentos, simplesmente sente-se. Não existem explicações para a paixão, simplesmente acontece. Não existem explicações para o amor, simplesmente surge. Brotam como uma nascente, renovando o espírito e a alma e jorrando vida em nossas sinuosas vidas.

Quando acontece, simplesmente, não existem explicações. Quando você percebe, já aconteceu!

Um comentário:

Rubão disse...

Grande Armando
Talvez esse seu texto responda a sua própria pergunta:
-Razão ou Emoção?????
É meu amigo...Aconteceu!!!
...Que bom!...