quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Amor virtual?

Um pouco me assusta o fato do exponencial crescimento das pessoas solitárias, que buscam, virtualmente, encontrar soluções para acalmarem os seus inquietos corações. A Revista Veja tem trazido, nas últimas semanas, algumas reportagens sobre o assunto, e aos menos preparados, o tema é bastante delicado! Como entender uma pessoa que possui mais de 2.000 amigos virtuais, mas que na vida pessoal não consegue conviver com mais de 15 ou 20 pessoas? ... ou ainda, a obsessão por encontrar novos relacionamentos virtuais, sem ao menos ter a intenção de conhecê-los pessoalmente?

Deixando de lado os perigos, ou os cuidados que devem ser tomados ao se conhecer pessoas através da web, realmente não sei bem como tratar o tema: quebra de paradigmas, uma nova onda, ou insanidade. Talvez uma mescla de todos!

O ser humano sempre teve uma queda pelo desconhecido, grandes curiosidades sobre o oculto e uma excitação pelo perigo. Ao menos aquelas pessoas que estão vivas, nas quais pulsam uma energia incontrolável, ou algumas vezes latente, que quando se dissipa as eleva às alturas e dá um pleno sentido à vida!

Insatisfações e obscenidades, como a traição ou outros delitos ainda mais graves, fazem da internet um campo próspero para abusos. Conhecer alguém, brincar, trocar elogios e até relacionar-se, pode ser uma prática sadia e segura, desde que algumas regras sejam observadas. A primeira regra, é o entendimento de que nenhuma relação virtual substitui o afeto e o carinho de uma relação pessoal. O toque, o abraço, o beijo, as cócegas..., são sensações únicas, que nos fazem nos sentirmos vivos, prontos para novos riscos e para novas vivências. Outra regra fundamental é ter muito claro o que se quer com relações assim, para evitarmos as frustrações, frutos de interesses difusos. Ainda, caso realmente se esteja buscando conhecer alguém, devemos agir com maturidade, naturalidade, transpondo a relação do mundo virtual para o real, sem prejuízos emocionais, e encontrando pessoas que queiram você como você realmente é, sem fantasias.

Conheço pessoas próximas que se conheceram de forma virtual, se apaixonaram no mundo real e vivem felizes, muito felizes! Assim como outras, cujas expectativas não se confirmaram. Tenho feito boas amizades, ao conhecer pessoas na rede, e acho que pode ser uma forma de se vencer algumas barreiras, como o medo e a timidez, na busca de se fazer novos amigos, ou encontrar um grande amor.

Lembre-se, a web e as redes sociais estão presente nas nossas vidas, não podemos ignorá-las. Assim como em todo o mundo, existem pessoas mal intencionadas, porém a grande maioria, são boas pessoas, procurando se relacionar com boas pessoas. È assim na rede e é assim na vida real. Sejamos bem vindos à modernidade!

Um comentário:

Juliana Saito disse...

Oi Armando, realmente as redes virtuais tem substituído o vazio existencial de algumas pessoas, seja para se fazer novos amigos, seja para amar.
Contudo, não podemos misturar as coisas. Amizades virtuais nos proporcionam a troca de experiências e conhecimentos que devem ser explorados sim, desde que com ética. Muitas vezes, essas amizades extrapolam os limites e promovem a junção das pessoas para uma vida conjugal "real".
O fato é que não conseguimos mais viver sem essa "tal" de rede social. Aproveite quem puder! Quanto ao amor virtual, tenho ressalvas. Eu sinceramente não dispenso a troca de olhares, os beijos e os carinhos, porque para mim, isso é o pulsar das relações. Bjs, Ju Saito