segunda-feira, 28 de março de 2011

Desnudo!


Não é preciso perguntar sobre o que sinto, quando meus gestos dizem tudo sobre mim. Não uso as carapaças da hipocrisia e tampouco as artimanhas da desilusão. Sou livre como o pólen, e quando me alço, fertilizo alegrias e esperanças com meu afeto. Entro sem convites e deixo entrar em mim desnudamente o amor, a violar os meus encantos em cios de felicidades.

Por vezes me recolho, a contar em desgraças os meus desenganos. Fantoche de mim mesmo puno a minha alma livre com a prisão dos mais íntimos desejos. Assim, sofro com a minha própria ausência, para então renascer no luto das cinzas das minhas arbitrariedades. Meu alimento é germinar a cada dia, como se inconsequente e infinito fosse o meu destino.

Ainda que não me entendas, e se quiseres tentar, sou um tropel vazio e ausente,  voragem presente em um rebento de sentimentos. Sou como nuvem carregada,  chuva molhada sorvida na pele macia. Sou como um beijo deflagrado no elevado da paixão. Nada complicado e nem simples, sou o intangível do comum pulsar dos corações incandescentes.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Amor


não me olhes assim
como se eu quisesse roubar a tua juventude
quero somente o teu coração
e fazer festa quando da tua chegada

não se assuste com esse meu ímpeto louco
de querer-te tanto e intensamente
vivo no limiar da paixão
do meu desejo de amar-te

terça-feira, 22 de março de 2011

Quero Abrir as Janelas


Às vezes acordo sentindo cheiro de pitanga, de orvalho, de pão quente, de felicidade... É como se os olhos não quisessem se abrir, e o corpo quieto, imóvel aos impulsos permanecesse, e aguçado, o olfato fosse o meu único sentido vital. Como se aprendesse a cada manhã que para se prosseguir nos basta sentir, com profundidade.

Quando acordo com cheiro de orvalho sinto-me caminhar livre pelos campos, como se da minha natureza fosse abraçar as matas. Da pitanga, saudades do quintal de minha avó,  assim como o pão quente, à espera do despertar da criançada para um desjejum gracioso. O cheiro de felicidade, um enlevo, como se o espírito fosse alimentado para arrebatar a vida.

Adoro as manhãs, e quase todos os dias acordo venturoso, e me sinto invadido de luz. É como se pétalas de flores caíssem formando um tapete colorido a guiar o meu destino, e como se o meu amor transbordasse, a compartilhar sentimentos mágicos com todas as pessoas. Sinto-me alcançar os meus limites, a deflagrar felicidades.

Sempre que acordo me sinto bem, me sinto leve. E talvez seja por isso que queira que o dia chegue logo, e que ao iluminar as janelas do meu quarto, escancare as janelas do meu coração. Encanta-me o despertar, pois desperto estou para agradecer a tua presença,  suave afeto a tocar a minha face serena.

Namastê!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Minha Lucidez é Psicodélica


Deixe-me voar, pois é nas nuvens que liberto o meu intelecto. Minha alma é livre e não suporta as amarras das conveniências. Utopia é achar que somos iguais. Não suporto os iguais, são opacos. Sou assim, como ninguém. As minhas viagens são flamas das minhas inquietudes e o meu destino é qualquer lugar.

Deixe-me acender a luz, mesmo que colorida. Minha lucidez é psicodélica e o meu encanto é transgredir. Não enxergo no negro da altivez e nem no branco da serenidade. Não guardo quinquilharias da vida em minhas gavetas, e as minhas verdades nunca me servem mais. Minha escala se perde no piscar de olhos de cada madrugada.

Não queira rotular minhas palavras, e tampouco limitar as minhas poesias. Não é preciso me entender ou explicar. Sou como uma brisa suave, mas também um furacão. Sou um pouco do tudo e do nada. Vivo nas intempestividades da vida, no volátil ardor dos sentimentos puros. Não vivo do lapidar das emoções, deixo pulsar.

terça-feira, 15 de março de 2011

Solidão

Encanta-me o corpo humano, os seus mistérios e alertas, como se fosse impossível levarmos uma vida linear, cartesiana. Sem buscar explicações racionais, fonte de estudos de diversas áreas, é no irracional que descobrimos o quanto somos perfeitos, dotados de conexões complexas, que se harmonizam para que estejamos protegidos e possamos então nos perpetuar.

Falar sobre a solidão é profundo, apesar da sua simplicidade. É como olharmos diretamente para o horizonte e enxergarmos somente uma parede branca, ou um mar calmo, ou ainda o azul do céu, todos infinitos. É como se por um instante o tempo parasse e deixássemos de nos situar. Um hiato na relação entre o espaço e o tempo. É quando nos sentimos sós, e aquele vazio parece durar uma eternidade, por mais breve  que seja.

Algum dia haveremos de entender a solidão! Esse sôfrego destino, que nos invade em diversos instantes da nossa vida, por mais que estejamos felizes e em boa companhia, e nos faz questionar as nossas escolhas. Quase sempre não nos traz arrependimentos ou frustrações, tampouco êxtase, pois é simplesmente um prestar contas que fazemos conosco, a fim de que a nossa vida continue seguindo, segura, ou tome outros rumos.

Pode-se dramatizar, mas não quer dizer que esse sentimento esteja carregado de saudades, de alegrias ou de dor. Pode ser bom ou ruim, ou pode ser nada, simplesmente um insight muito particular, e o seu intenso provocar é uma dádiva, para que possamos mergulhar e nos aprofundar nas nossas dúvidas ou certezas, mesmo sem querer ou precisar entendê-las.

Namastê!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Amar


Carícias intensas a colorir as emoções, e o tempo a incendiar os desejos; nos sorrisos marotos, a cumplicidade, afagos e afetos; beijos acalorados e a entrega, sensível e doce bem-querer, bem-estar de sentimentos; êxtase e o silêncio dos corpos cansados no belo do gozo e do amor, com gostinho de quero mais.

quarta-feira, 9 de março de 2011

A Letra - Como Se Estivesse Fora

Como Se Estivesse Fora
(Oswaldo Montenegro / Mongol)

Me diz como é que faz
Finge que eu cheguei agora
Finge que eu não sei do engano, ah
Finge que eu não vi
Me fala sobre mim
Como se eu estivesse fora
Mostra a foto do outro ano, é
Finge que eu não vi
Me roubei da estrela
E é como se eu fosse a lua e ela eu
Vim banhado em cor e a estrela
É o que eu fui
E ainda sou em ti
E aí dói tanto vê-la
Como dói hoje olhar pra estrela
Que eu marquei em ti

(Música interpretada por Zé Alexandre – http://www.zealexandre.com.br/)

Saudades!


Gotinhas de desejos contidos em nossa memória, os quais resgatamos sempre que amarguramos alguma contrariedade!

terça-feira, 8 de março de 2011

Mulher!

Meus atos falhos me diferenciam de você! Não que sejas perfeita, mas aos meus olhos sim, a perfeição. Fizestes de mim um espelho das suas virtudes, e enquanto cantas, dissipa claves de felicidades. Você me acalma e também me incandesce, és luz e estrelas, és a razão desse meu louco amor.

sábado, 5 de março de 2011

Há que se suportar!

A rejeição é um dos piores sentimentos, pois por mais que nos esforcemos quem nos julga e sentencia é o outro. Assim, uma dor silenciosa se apossa de nós, e o que demonstramos é um pequeno lamento, muitas vezes amparado por aqueles que nos amam. Contido, porém, potencializa-se o luto, e um grande castigo, que imputamos a nós mesmos.

Há que se suportar!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Declaro o meu amor...


Sinto novamente correr em minhas veias vida, e no palpitar do meu coração as portas abertas para um novo amor. Sinto que irradio luz, e a minha felicidade impera, como se não fosse mais capaz de conter a minha alegria. Sinto em você um desejo, que se completa ao meu, como se os nossos destinos estivessem entrelaçados, e no seu sorriso, o eterno,  que me acolhe.

Existem acontecimentos que nos surpreendem em demasia, um ímpeto pulsar em um rompante de  paixão, que tanto nos incendeia. Não sei por onde andou esse tempo todo e se os seus caminhos foram em jardins. Não sei das suas esperanças e dos seus medos, das suas loucuras e encantos, dos seus sonhos e conquistas. Sei que está aqui, perto, pois meus sentidos se confundem simplesmente com a sua presença, e isso me faz voar.

Seu encanto é o meu encanto, e sempre que eu coloco as suas palavras em minha boca, minha vida torna-se ainda mais doce. É como se eu pudesse enxergar através dos seus olhos e sentir a afabilidade dos seus sentimentos. É preciso saber amar, e assim perceberemos que o mundo não precisa de mais cores, pois podemos enxergá-lo mais colorido. Quero recostar a sua cabeça em meu peito, e a cada passo que dermos juntos, deixar um rastro de estrelas, a iluminar esse nosso amor.

Não penses que sou louco, pois loucos são os ausentes de paixão, os vazios de esperança e os descrentes do amor. Loucos são todos os sorrisos desperdiçados e os abraços não dados, os beijos contidos, os afetos esquecidos e perdidos na doença da desilusão. Se louco ora eu sou, é pelo absurdo te adorar, e embora jamais consiga dizer tudo aquilo que você representa, eu sinto.