sábado, 30 de maio de 2009

Poeminha de Paixão!

Ao perder-te eu a ti
tu e eu teremos perdido.
Eu, porque tu eras o que eu mais amava;
tu, porque era eu que te amava mais.
Mas, de nós dois
tu perdes mais do que eu.
Porque eu poderei amar a outras
como amava a ti,
Mas a ti não te amarão mais
do que te amava eu!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Conversa de Boteco!

Dias atrás, lá no Colarinho, na expectativa das inovações e desejando pleno sucesso aos amigos Rubens, conversávamos em um pequeno grupo sobre a lei anti-fumo, em vigor na cidade de São Paulo, seus reflexos, implicações, perdas e ganhos e a provável adequação para outros estados. - Os fumantes deveriam sair do bar, diziam uns; - os não fumantes não deveriam ir ao bar, diziam outros;- o que seria do movimento dos botecos? dizia o dono do bar, lógico...; - e a saúde das pessoas?... todos deveriam ter consciência..., e por aí foi a conversa... Como toda conversa de boteco, não houve consenso!

Quando se usa o termo “proibir”, independentemente do que seja a proibição, gera-se uma repulsa natural. Talvez pela inquietude da natureza humana, onde apesar de nos vermos obrigados a seguir regras para uma convivência social harmoniosa, tendemos a desafiar e questionar as mesmas regras sob um prisma individual, segundo os nossos interesses e as nossas percepções.

Como “proibir” o uso do cigarro em bares e restaurantes? Essa é uma atitude autoritária e unilateral, não se respeitando o direito individual das pessoas. Tanto daquelas que fumam, quanto das que não fumam. Segundo estatísticas o número de fumantes no Brasil encolheu para 25% da população. Maioria contra minoria, o bem contra o mal..., caça às bruxas...

É sabido que o fumo prejudica a saúde, e que as doenças derivadas do vício do cigarro oneram os serviços de saúde e a previdência social. Mas o que dizer das outras inúmeras causas que agridem a saúde das pessoas, o meio-ambiente e a sociedade em geral? Como estão sendo tratadas?Um grande imbróglio político e polêmico. Muita falácia, muito jogo!

O fato é que um bom boteco sem fumaça de cigarros ou de charutos não é um bom boteco! Se conseguíssemos sugerir um pouco mais de educação a alguns fumantes, para que não se livrassem da “sua” fumaça, simplesmente esticando o braço para a mesa de trás, certamente encontraríamos a tão merecida paz, para que assim as turbulências das conversas ansiosas, ricas e vorazes não fossem incomodadas ou interrompidas, e que da inevitável intoxicação, os fumantes passivos tenham a chance de continuar a viver muito mais do que os suicidas.

Viva a liberdade e o respeito!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Há um deserto em nossos corações!

O tema desta postagem me fez refletir profundamente sobre a luta silenciosa, interior e permanente das pessoas. Sobre o lado bom e o ruim, sobre a solidariedade e a ganância, sobre a desigualdade, sobre a manipulação, sobre o bem e o mal que habita os nossos corações.

Temos acompanhado atentos, ao processo recente de luta da ministra Dilma, diante de um câncer linfático, ou do vice-presidente José de Alencar, com sua coragem e otimismo diante das inúmeras intervenções pelas quais já passou e pelas que estão por vir. Sensibilizamos-nos profundamente com a situação, muito delicada, e torcemos por um bom final.

Elegemos Ana Maria Braga como um exemplo de superação, sobrevivente também de um processo agressivo de doença, e ficamos indignados por Luciano Huck, quando teve seu relógio Rolex, arrancado do braço, em um assalto em uma avenida de São Paulo. Para o cantor Valdick Soriano, já falecido, e que teve uma vida de louros e sucessos, fizemos campanha arrecadando recursos para que ele não passasse por situações mais difíceis ainda, depois de usufruir de tudo o que ganhou. O cantor Belo, preso por associação ao tráfico e agora em liberdade provisória, arrasta multidões para os seus shows..., sentimos pena e injustiça.

Por momentos, esquecemos que em um país em desenvolvimento, para não dizer pobre e desigual, como o Brasil, milhares de pessoas passam por situações similares, ou muito piores, sem o atendimento, a atenção e o acesso dos poucos. Morrem..., são violentados dos seus direitos, muitos sem saber, muitos sem poder. Esquecemos que isso existe, bem próximo de nós, às vezes ao nosso lado...

Não sei se isto é coisa de brasileiro, um coração mole, às vezes até demais, mas nos sensibilizamos com o choro de alguns políticos, ao se desculparem publicamente pelos seus roubos e falcatruas e os reelegemos como nossos representantes. Sentimos muito com a separação, por vaidades ou contratos publicitários, de um casal formado no Big Brothers, e assim corrompemos a família e os valores. Transferimos os nossos anseios para um trem fantasma com montanha russa em um parque de diversões falido e passamos a sonhar os sonhos dos outros.

Ao percebermos que as frustrações superam as expectativas o jogo muda e passa a valer de tudo, ou quase, e que às vezes esquecemos. A doce universitária rica que participou do assassinato dos pais, o intocável deputado embriagado que matou irresponsavelmente dois jovens, os jovens de classe média alta que incendiaram o indígena ou que faziam parte de quadrilhas de assaltantes, o famoso jornalista que assassinou a ex-namorada, o juiz de futebol que favorecia resultados, a criança que aos 12 anos de idade já possui mais de 10 passagens pela polícia. Realidades de um deserto que separa e une, de uma fronteira entre as flores e o abismo, no limiar e no fim dos pensamentos e das ações.

Onde queremos e onde iremos chegar?

domingo, 17 de maio de 2009

Quanto Afeto!

Mudei para o centro da cidade recentemente, para um lugar simpático, grande demais para a minha solidão, mas um tanto acolhedor. Talvez pequeno, diante dos meus sonhos, mesmo com esse desapego que carrego comigo e que às vezes me faz refletir sobre o quanto não tenho acumulado para o meu futuro. O apartamento é a minha cara, segundo os amigos, que torcem sempre para o meu melhor. Recebê-los em casa é um louro, guardá-los no lado esquerdo do peito, uma alegria, uma satisfação, puro combustível!

Saí de casa, dias atrás, e no primeiro cruzamento fiquei encantado..., um tanto surpreso também, confesso, mas esperançoso! Nas proximidades onde moro circulam muitos adolescentes, estudantes dos cursinhos que a região abriga. Foram muitos beijos carinhosos, abraços encantados, sorrisos felizes. Para elas parecia que o mundo tinha parado, congelado e nada mais importava. Um afeto incondicional diante dos meus olhos, invejosos. Os poucos minutos em que, não intencionalmente observei, naquela esquina, enquanto o sinal estava fechado, foram suficientes para que eu lembrasse das poucas demonstrações carinhosas e de uma série de desencontros e desamores, que tenho presenciado nos últimos tempos. Pensei no quanto nos faz bem a harmonia, a paz e o amor.

Indo um pouco além, caminhar pelo centro da cidade é muito interessante, e olhar as pessoas, me faz imaginar os seus anseios e dificuldades, as suas alegrias, as suas derrotas e vitórias, simplesmente pelo jeito de andarem e pelas feições. Sorrisos, caras fechadas, andares descontraídos, ou tensos, rápidos ou tranqüilos. Presenciar discussões de casais tem sido normal, além de várias agressões entre pessoas que escolheram por ficarem juntas. Triste!

Voltando aos beijos e abraços carinhosos das adolescentes, refleti com profundidade sobre a falta de afeto que existe no mundo, sobre as disputas, os egoísmos e sobre as nossas escolhas. O fato de presenciar um momento imensamente feliz de duas pessoas me fez resgatar somente bons sentimentos. Questionei-me do por que fiquei tão surpreso com as demonstrações de afeto, se o afeto deveria ser a base e o propulsor das nossas relações? Também, que temos em nossas mãos um grande desafio, de buscarmos o simples e o básico, para que tenhamos uma vida mais feliz.

Penso que se faz necessário, urgentemente, um olhar para nós mesmos e somente depois para o outro, despindo-nos das más intenções, dos preconceitos, quebrando paradigmas e estabelecendo outro modelo mental. Construir novas relações, sadias, sermos pessoas melhores.

Temos um universo em nossas mãos e uma grande missão, onde cada um é único e feito para amar e para ser amado!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Para onde vamos!


Acho muito interessante refletir sobre as falas e frases das pessoas, as quais no decorrer do tempo se perpetuam com uma velocidade imensa e adquirem novas configurações, em novos contextos. Ao procurarmos interagir com esses momentos, trazemos uma reflexão de alguém para a nossa realidade, para a nossa vivência, para o nosso querer. Interpretamos sob a nossa ótica, com a nossa liberdade e nossos preconceitos, e pela nossa razão e ordem, novamente compartilhamos com outros.

O que dizer sobre a frase de Carlos Drumond de Andrade: “Há vários motivos para não se amar uma pessoa. E um só para amá-la...”? Que motivo único eu teria para amá-la, ou quais para não amá-la? Eu sei quais, realmente sei todos, mas são meus..., e os seus serão sempre os seus....

Shakespeare quando disse “Nós só ficamos em ordem quando estamos fora de ordem”, quis dizer o que? Talvez que necessitamos nos despir das conveniências sociais para mostrarmos realmente quem somos..., ou que transgredir é natural do ser humano e que estes momentos nos elevam. Quem pode dizer? Eu também sei, sob o meu desígnio. O que você acha?... você acha....

Assim, vibro demais com a capacidade humana e com a criatividade das pessoas, que ao transportarem para o seu universo dizeres passados, trazem um novo sentido e um novo entendimento, em um novo contexto. Realimentam espontaneamente as vivências e a vida. Criam expectativas e estimulam o crescimento continuo...

Fecho esta reflexão com Einstein: “A mente que se abre a uma nova idéia, jamais voltará ao seu tamanho original”.

Qual é o tamanho dos nossos sonhos? Qual?

terça-feira, 12 de maio de 2009

De Volta do Exílio!

De volta ao blog, como se exilado estivesse. Fico impressionado o quanto estamos reféns da tecnologia, e a pouca competitividade nos remete a termos que acatar as infidelidades e o desrespeito dos nossos prestadores de serviços.

Mudei de endereço recentemente e foram dez dias de brigas para que o prestador cumprisse o combinado e transferisse meu acesso à internet para a casa nova. Também esqueci a minha senha de acesso ao blog, junto ao Google e lá estou refém, pois não consigo uma nova senha, o que me impede de atualizar as postagens de outros lugares e de outras máquinas. Fiquei quase incomunicável e me sentindo na clausura!

Tenho pensado o quanto perdemos energia para solucionarmos problemas que não causamos e o quanto nos agredimos ao termos que aceitar condições pouco favoráveis a nós mesmos. Ainda vivemos um grande engodo nas relações comerciais. Acendi velas para todos os Santos...

Aproveitando o embalo da volta à ativa quero cumprimentar os amigos e amigas que acompanham este blog e desculpar-me pela minha ausência involuntária. De volta, em meio à pandemia e às deturpações políticas, ao saque ao Brasil e aos brasileiros, às novas influências e novidades musicais, aos bares de Curitiba e do mundo, às conversas, às pessoas e aos acontecimentos, temos muitos assuntos para colocarmos em dia... Compartilho a minha satisfação e a minha alegria pelo regresso e brindo a todos!

Namastê!