terça-feira, 28 de setembro de 2010

Esse amor que nos mata...

A inquietação dos corações inflamados nos impulsiona à paixão, e nos dá a certeza de que viver vale à pena. Existem muitas coisas que ninguém precisa nos explicar, e que não precisamos entender, pois basta estarmos de peito aberto e atentos, deixarmos a brisa suave do amor tocar com ternura as nossas almas, e sempre que nos permitirmos sentir, seremos elevados. Um alimento puro, insanamente puro.

Queremos respostas a toda hora, explicações, e ainda que não consigamos julgar os nossos próprios atos, aos gritos, arrombamos trincheiras e ousamos querer entender os elementos, as direções, os estados de espírito e o tempo, o outro. Tentamos exaustivamente exaurir do outro a sua chama, como se pudéssemos então, brindar à catástrofe da repulsa do sentimento humano.

No transitório de nossas vidas, justificamos e cobramos do outro aquilo que não somos capazes de dar, até percebermos que o desassossego implode a nossa própria felicidade e nos imerge às emoções negras da desilusão. Sofrimento de amor..., e o amor, de que vale? No turvo ácido das relações ele se perde, até porque o escondemos no movediço universo míope que construímos para nós mesmos.

Cansei do amor..., decidi por fazer da minha vida uma poesia a deflagrar esse fogo que me arde. Respiro o ar da sua essência, enquanto mergulho nas minhas fantasias. Ao aportar, a realidade me esgota e me submeto ao escuro das tentações, onde tudo se consome. Na decadência, a morte, para o renascimento, o desabrochar e a vida. Quem diz que o amor não corrompe? O amor nos faz viver, e também nos mata...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Estações Mortas

É chegada a primavera, e em meu peito ainda esse avassalador inverno, a me imputar a dor da tua ausência. Sem risos e sem alegria, ipês insistem em não desabrochar, em não florir, pois não há simbolismo no belo.

Rosas e gloxínias desprotegidas no exaurir do tempo e flores do campo em campos cinza a nortear meus dias negros. Não há sentido nas cores, nem natureza nas flores, tudo é morte.

Na angústia das horas, passa-se o tempo no descompasso da espera, e nada parece brotar em mim, a não ser espinhos a me afastar desejos fecundos.

Tesão

Tesão não se pede e não se dá, não se paga e não se vende, não se perde e não se ganha, não se finge e não se mente, se consente.

Tesão não se marca e não se espera, não se furta e não se leva, não se oculta e não se esconde, não se afasta e não se prende, se permite.

Tesão é o que eu sinto quando envolto em seu abraço e no calor dos nossos corpos trêmulos, ao sussurrar baixinho que "te amo".

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Remediando a Vida!

Diz-se que no silêncio encontramos as respostas para as nossas crenças; que ao experimentarmos o novo, o cognitivo se potencializa, ao ativar mecanismos desconhecidos, o que nos faz avançar; que para repousarmos, com sapiência, basta acalmarmos nossa alma, nos interiorizarmos.

Também, que ao nos alegrarmos ou nos movimentarmos, liberamos, em processos químicos, substâncias que nos elevam. Ainda, que nossa capacidade mental pode nos proporcionar soluções para as mais difíceis questões, assim como para as mais fáceis. Que o simples fato de respirarmos adequadamente, nos oferece equilíbrio.

Remediar a dor ao buscar o júbilo, curar a angústia e encontrar a paz, positivar-se e ousar ser feliz, dar a chance para si mesmo resplandecer. Uma descoberta única, de cada um, ao explorar as suas potencialidades, as suas fortalezas. Uma porta que possui maçaneta somente pelo lado de dentro.

Namastê!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A Letra - Mais uma vez

Mais uma vez
(Flavio Venturini / Renato Russo)

Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem

Tem gente que está do mesmo lado que você,
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros,
Tem gente que não sabe amar

Tem gente enganando a gente
Veja nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança

Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem

Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém

Tem gente enganando a gente
Veja nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança

Flavio Venturini
Renato Russo
14 Bis