
Cobrir o rosto com a fina manta acrílica e esperar, fechar os olhos para a vida. Como se as soluções para todos os seus problemas fossem surgir do nada, em toques de mágicas. Simples mágicas! Ainda prefere olhar a vida da cama, esquecendo-se, que da cama, ou do quarto, ou da janela, ou da porta para dentro, o mundo é muito menor do que para fora. Que as oportunidades estão lá, assim como as chances de ser feliz.
Falta-lhe energia, falta-lhe fé, falta-lhe coragem. Falta-lhe a humildade de segurar as mãos que lhe estão estendidas. Escolheu o lamento e a dor, e usa das suas últimas forças para negar, imputando àqueles que tanto lhe querem bem, uma culpa, um desvio, um pesar. Todos choram, baixinho, e escondem as suas lágrimas, pois entre a realidade e o glamour, não cabem sofrimentos, não os verdadeiros...
Resignação à conformidade. Foi deixando a vida passar e agora não se sujeita às suas contrariedades. Sofre..., solitariamente sofre, silenciosamente sofre, absurdamente sofre! Escolheu sofrer...
Uma espera dolorida e sem fim...
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