quarta-feira, 21 de março de 2012

Encontro e Separação

Amor é isto: a dialética entre a alegria do encontro e a dor da separação. E neste espaço o amor só sobrevive graças a algo que se chama fidelidade: a espera do regresso. Quem não pode suportar a dor da separação não está preparado para o amor. Porque o amor é algo que não se possui, jamais. É evento de graça. Aparece quando quer, e só nos resta ficar à espera. E, quando ele volta, a alegria volta com ele. E sentimos então que valeu a pena suportar a dor da ausência, pela alegria do reencontro.

(Rubem Alves – Ostra feliz não faz pérola / Editora Planeta do Brasil, 2008)

segunda-feira, 19 de março de 2012

Filosofando sobre a Loucura

Ando muito doido e a culpa é dos caretas, pois se eles também fossem doidos ,eu seria uma pessoa normal.

domingo, 11 de março de 2012

Amar, Sem Amar...

               Tem gente que diz amar, mas diante da primeira dificuldade vira as costas e foge. Que amor moderno é esse, muito falado e pouco sentido? Amor sem compromisso, de palavras sensíveis ditas dos mais doces lábios, mas que se perde no lodo da luxúria, do egoísmo e do interesse.

               Tem gente que diz amar diferente, mas que amor diferente é esse? Amor que mutila e mata, que destrói enquanto constrói em ruínas almas adoecidas, que multiplica mágoas e potencializa  solidão.

               Ainda assim, tem gente que diz amar, mas que ao amar assim, sem amar, sofre, enquanto faz sofrer. È gente que inveja gente, e chora contido, ao esconder a sua fraqueza e a sua sórdida incapacidade de se doar.

Namastê!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Ausência

Esse vulcão que em mim habita, haverá de cobrir de cinzas a tua ausência. Das erupções e das cinzas, e da petrificação da lava, é que brotam as novas geografias, cujas histórias ficarão esquecidas em algum museu da alma.

De que lado o amor estará, senão daquele que pulsa, e que despeja em sentimentos o verdadeiro querer, ao mesmo tempo em que abomina o superficial e o fútil. É preciso deixar que o coração diga, nas encruzilhadas da paixão, qual caminho seguir.

O lamento é o dano, sem nunca deixar de destilar emoção, e aquele que não se emociona diante de uma perda é fraco, pois ao entregar ao racional o seu próprio destino, mata a si mesmo ao esgotar a sua virtuosidade.

Para que decretar o óbito de quem aqui está, mas já partiu? A sentença é penosa, está na obsessão do ter. É quando alguém lhe rouba a sua solidão e nada lhe dá em troca, como já supunha Nietzsche...  

sexta-feira, 2 de março de 2012

O Amor e a Matemática

Acordei pensando na relação entre o amor e a matemática e entendi que soma-se os desejos e deduz-se os egoísmos, divide-se os segredos e multiplica-se a paixão. O resultado só pode ser felicidade!!!