
Ao olharmos para o que somos, enxergamos profundas diferenças entre nós mesmos e aquilo que desejamos ser. Comparamos-nos ao incomparável, uma vez que somos únicos. Ao olharmos atentamente para o que somos não nos enxergamos, pois projetamos em nós o outro. Ao buscarmos nos outros a nossa imagem, nos ocultamos, pois não nos reconhecemos.
Temos uma riqueza imensa, sólida, mas nos atemos à poeira, que ao menor vento se esvai. Esperamos que alguém nos prenda, ou nos solte. Que nos guie ou nos tire dos trilhos. Que mergulhe por nós e que extraia toda a nossa magnitude. Que nos mostre o belo que somos e que não queremos enxergar.
Somos diamantes não lapidados, à espera de alguém que apare as nossas arestas.
Um comentário:
Mas que reflexão para uma manhã de terça-feira! Gostei muito do texto.
Através das suas palavras acho que fica ainda mais evidente a necessidade nos preocuparmos mais com "as nossas coisas" e buscarmos o melhor caminho a trilhar para que realmente possamos viver nosso próprio EU e não corrermos o risco de ficar uma vida esperando que alguém nos lapide..
Ju Saito
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