quinta-feira, 30 de julho de 2009

As Bolsas, as Modernas e a Modernidade!

Não só usado por mulheres, mas também por homens, as bolsas estão com tudo. Sempre puxando a moda, esse adereço, nem sempre, ou quase nunca, pitoresco, tem a capacidade de transformar uma pessoa, ao compor juntamente com as roupas e calçados um visual chique! Independentemente do tamanho ou da marca, as pessoas de bom gosto conseguem com muita harmonia comunicar o quanto estão antenadas com as tendências da moda!

Para quem já viu ou reparou, no interior da bolsa de uma mulher, há um universo paralelo, com infinitas conexões e soluções para os problemas mais complexos da humanidade: da eletricidade à beleza, da saúde à saudade, do esquisito ao indecifrável. Fotos, todos os tipos de maquiagem, calçados, equipamentos eletrônicos, potes com frutas, etc... Com ela resolve-se tudo, até assalto ou cantadas indelicadas, e acho isso fascinante! Na do homem, pequenas bugigangas descartáveis, recibos de contas já pagas, alguns recados, canetas e talvez um ipod ou um notebook, para passar o tempo. Nada demais, nada a descobrir, tudo sem graça...

Bolsas têm tudo a ver com a vida cotidiana, e acontecimentos movem este blog, razão pela qual estou escrevendo sobre esse tema. Para melhor entenderem, no Colarinho, ontem, fiquei surpreso... Não pelo tamanho da bolsa, ou pelo fascínio pelas mulheres, nem pela divertida conversa no balcão, mas por uma situação pitoresca que me chamou a atenção; me contive. Um dos Rubens também viu, mas não se conteve... Há muito tempo não via e pensei que as pessoas tivessem abdicado do seu uso. Daquelas tanto já me serviram e a muita gente também...

Eis que de uma bolsa grande e moderna, Praga, talvez, uma mulher, moderna, confraternizando com amigas, subitamente extrai do seu interior, uma máquina fotográfica, imensa, pesada, nem tão moderna assim, pois parecia um tijolinho prateado, daquele modelo que deve ter registrado a Santa Ceia...

De forma alguma quero ser grosseiro ou maldoso, mas obviamente devia ser herança, com valor sentimental; ou talvez a qualidade do filme, ASA 400, permita registrar imagens de amigas conversando em um boteco em meio à fumaça de cigarros, com maior qualidade, e ela sabia disso; ou ainda, pela necessidade de demonstrar ao mundo que podemos sobreviver à margem das inovações tecnológicas. Outra possibilidade que imaginei também, perpassa pela auto-afirmação e auto-suficiência, pois em meio a uma infinidade de máquinas digitais minúsculas, sacadas a todo tempo, lá estava ela, grandiosa e poderosa...

Brincadeiras à parte, fiquei realmente surpreso com a cena e de imediato lembrei-me do filme italiano “Quinteto Irreverente”, com direção de Mario Moricelli, com Ugo Tognazzi, Gastone Moschin entre outros. Uma comédia hilariante. Quem assistir vai adorar e entenderá a relação com este episódio e a razão de eu descrever tantas peculiaridades.

Voltando às bolsas...

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