sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Que país é este?

O Brasil realmente é um país de extremos, e por aqui podemos observar os maiores distanciamentos e desigualdades: da escassez à abundância, da pobreza absoluta à riqueza e ostentação, do analfabetismo às mais altas graduações acadêmicas, da injustiça a um dos maiores sistemas legislativos e judiciários do mundo, do fracasso ao risco do sucesso. Viver por aqui exige muita persistência e jogo de cintura, ao menos para as pessoas que escolheram participar e ajudar a construir um país com tantas diversidades.

Minhas relações pessoais e profissionais permeiam por todos os ambientes e o meu convívio com as pessoas - do rico ao pobre, do letrado ao analfabeto – me permite opinar com propriedade sobre diversos assuntos, e principalmente afirmar que, independentemente da situação de cada um, todos querem ser bem sucedidos e todos buscam a felicidade, cada qual ao seu modo.

Ainda tratamos pessoas em classes, e não obstante às ilhas da fantasia, onde poucos ostentam suas posses, muitas vezes oriundas da ilegalidade e de forma egoísta e imoral, essa mesma “classe” insiste em suprimir os valores e incentivar o fortalecimento de uma sociedade doente, pois dessa forma, garantem as suas proles, extraindo não só as riquezas, mas as energias, a sabedoria e a esperança de muitos, para usufruto unicamente dos seus.

Ando muito sensibilizado com a falta de esperanças, com o desânimo e o preconceito; indignado com o sectarismo, de qualquer natureza, enraivecido com os roubos e com o descaso. Percebo, ao olhar para as pessoas, um sofrimento intenso, e um pedido de ajuda. Não por esmolas, pois não querem que sintam pena delas, mas sim que possam ter cidadania e oportunidades para uma vida justa.

Não me calo diante deste cenário e tenho provocado diálogos e mudanças. Na minha zona de influência, replico minha forma de pensar e instigo as pessoas a refletirem também sobre os seus papéis. Assimilo os bons exemplos e as perspectivas de outros e estimulo a sinergia. Não me sento com bandidos, independente da classe social, e recrimino quaisquer ações que induzam à imoralidade. Não me intimido com ameaças e nem ameaço, prezo o diálogo sem manipulações.

Não me limito a reclamar nos botecos ou entre a família. Não me acomodo! Acredito que posso fazer muito mais, mesmo tendo realizado muitas coisas interessantes e com resultados expressivos. E você, o que tem feito?

Para reflexão, e/ou para a ação!

2 comentários:

Ana Paula Dacota disse...

Olá, amigo, diante desta pergunta, eu te digo que posso não ser uma cidadã das mais exemplares, mas desde que me mudei para Curitiba aprendi a fazer uma coisa que não fazia em BH que é separar o meu lixo doméstico; quanto à corrupção a que estamos todos sujeitos, assistindo diariamente nos noticiários, eu tento, eu, Ana, não ser corrupta, como por exemplo, usar carteirinha de estudante para pagar meia-entrada (apesar de guardar minha carteirinha da PUC na carteira - tem valor sentimental...); outra coisa que sempre faço é devolver o troco se o garçom se engana e me devolve a mais; ajudar ao próximo como posso e aprendendo a falar sobre solidariedade com quem consigo falar (porque todo mundo está sempre tão centrado nos seus próprios problemas, que não conseguem se doar para o mundo). Ah! Acho que é isso! Penso positivamente e também não sou de ficar reclamando da vida...Bjs!

Armando disse...

Oi Ana, penso que tão importante quanto termos boas práticas, é comunicá-las e divulgá-las aos outros, de forma que uma corrente do bem se fortaleça e se consolide!
Beijo!