domingo, 7 de junho de 2009

O Segundo Ato!

Nada pior do que a rotina, ou o tempo, que quando não cuidado faz as paredes racharem. Os beijos secam e do úmido da paixão somente os respingos. O brilho se esvai, ou quase, e faltam motivos para sorrir. Os casos são quase os mesmos e os gestos previsíveis. Não há som e tampouco tilintar, guizos nos sapatos são ocos. Na lembrança, o como era e não o como poderia vir a ser. Suportam-se, mas sem demonstrar entusiasmo. Os olhares são escassos e a meia verdade invade os corações. Não magoar demais é a regra, mas enquanto houver regras a mágoa se prolifera. A dúvida, os meios e os fins. As pessoas e os gestos. Os gostos e o ralo. As borboletas se acalmaram e o frio que antes invadia a alma, tornou-se suportável, silenciou. A alma não é mais a mesma e os corações pouco aceleram. As horas mal passam e espera-se ansiosamente a silenciosa morte. Nada mais a fazer...

Cadê o sorriso como alimento? Cadê? O sentido não há, assim como rumo. Uma espera dolorida, o negro das emoções...

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