terça-feira, 18 de maio de 2010

Qual a sua aldeia?


Desde que se têm notícia, a vida humana sempre esteve ancorada em aldeias, as quais concentram pessoas com características semelhantes: - físicas, intelectuais, emocionais e evolutivas. É comum, o termo ser utilizado como sinônimo para concentração, encontro, reunião e até agrupamento. Uma aldeia de índios, ou de ecologistas, de internautas, de mulheres empresárias, de intelectuais, de torcedores, de bandidos, de excluídos, de separadas, de amigos... A sua definição: “localidade pequena sem jurisdição própria”.

Se analisarmos as suas origens e suas analogias, o termo “aldeia” está sempre vinculado à dependência, por mais independente que possa parecer. Uma dependência aos costumes, aos interesses, às ideologias, ou  até mesmo às drogas, entre outras. A moda também ajuda a popularizar esses termos, e as suas conseqüências, a mídia os explora, e em algum momento eles se transformam em clichês, bons ou ruins. Significa inclusão, às vezes  com incongruências, em um mundo onde ninguém quer se sentir excluído.

Uma pessoa me disse, certa vez, que estava cansada de participar de atividades com a sua turma, pois as conversas eram vazias, e desqualificavam tudo e todos que não possuíam a mesma condição social deles, por mais imorais que fossem. Queria participar do “submundo”, uma aldeia diferente daquela onde convivia. Em outra situação, deixar a gravata e o terno no armário, juntamente com todas as aparências, e seguir para a Ilha do Mel, outra aldeia. Qualifica-se, às vezes desqualificando. Busca-se a felicidade, pelo prazer ou pela dor...

Orbitar na complexidade das relações é fácil, relacionar-se não! Conviver com a diversidade é um exercício pleno de aceite, de diálogo e de compreensão. Dizer-se global, empático, justo, sem preconceitos, quando distante de princípios, é clichê; é mentir para si próprio. Quem discrimina quem: o índio ou o mestiço, o branco ou o negro? ... o emo, ou o punk, o rico ou o pobre, o magro ou o gordo? ...o empregado ou o empresário, a mulher ou o homem? ... o religioso ou o ateu? Quem discrimina quem?

Finalizando esta reflexão, como andam as suas relações e as suas emoções? Em que aldeia você está inserido?

Namastê!

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