segunda-feira, 10 de maio de 2010

Amanhado Amor

Nas nossas escolhas, a maior parte do que fazemos nos traz um bem-estar imenso, tanto por aquilo que nos eleva, quanto pelo que alçamos aos outros. Sorrir, por só, nos engrandece, e sorrir pelos outros, nos ilumina, por sabermos que as almas caminham leves, absolutas, nas asas da paz que norteiam os nossos destinos.

Nas diversas vezes em que me senti limitado, lancei um apelo, um pulsar silencioso a provocar meus sentimentos gentios, na esperança de civilizar os meus desejos ocultos. Ao entender a minha rebeldia frívola, um repousar sublime de um coração inquieto, amparado pelas bênçãos de todos que um dia fiz sorrir, e assim me querem, bem...

Quando a flecha do amor deflagrou em meu peito, gritei alto, tão alto que nem etéreos astros puderam se omitir, e em um desespero reconfortante, pela vivacidade da paixão, matei em mim a dor de não amar e incendiei-me. O amor tem dessas coisas, flameja a essência da vida e nos faz reconquistar a esperança.

Ousadia é o sonho materializado, e entregar-se sem medo a um amor intenso é tanger o infinito, desafiar os limites da natureza e irradiar energia, retro alimentando a vida. Inconseqüentes são as pessoas que se limitam ao amor, por não experimentarem a sensação de alçar aos céus, ao gozo.

Quando o amor se foi, dissimulei em dor. Morri tantas vezes, que o universo nem sequer ousou acolher-me. Apaguei a chama, e me recolhi em luto, por uma eternidade. Por deixar o cintilante desejo escorrer entre meus dedos, suprimi de mim a vida, então vã. Sem compaixão, culpei-me, e joguei sobre mim a mais dura pena, de não mais me querer o bem, de simplesmente me deixar ir.

Os curativos do desamor são poucos, e são de cada um. Excedem o limite do estacionário, mas são poucos, a edificar os sentimentos profundos, a reconquistar a confiança plena, a permitir se permitir. Não são novos amores e nem é o tempo. Não são os amigos e nem as distrações. Não são as viagens e nem os desvios. Não são as verdades e tampouco as mentiras. O desamor corrói..., exige uma espera atemporal e silenciosa...

Em um momento qualquer, sem ao menos perceber ou esperar, seu coração irá acelerar novamente, as pernas ficarão a tremer e a respiração ficará mais ofegante. Você irá pensar naqueles momentos e naquela pessoa que despretensiosamente encontrou. E por todos os instantes, lembrará, e sonhará com ela, intensamente, todas as noites. Fará planos secretos e por hora somente seus, e novas juras. E assim, você se entregará e dirá para si mesmo que está pronto para novamente amar. Que está aberto para esse novo começo, e para as novas emoções. Então, entenderá que sempre fora abençoado nas suas jornadas...

Namastê!

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