Todos somos escravos dos próprios sentimentos, a
girar, cada qual, o seu caleidoscópio de emoções. Um emaranhado de sensações
que faz com que nosso peito vibre intensamente a cada instante, a cada momento
e nos direcione para a felicidade. Lembranças, sonhos e expectativas, realizações,
adereços de vida, escolhas que guardamos com todo o cuidado nas prateleiras da
alma, para que ao sacudirmos a poeira, possamos resgatar as licitudes dos bons, descartando
as suas malevolências.
Ainda
assim, protegemos nossos defeitos, pois aquela redoma que nos envolve, é a mesma
que aos outros ilude, para que pareçamos íntegros aos olhares da hipocrisia
social. Assim, nos é permitido enganar, mentir e até se vender, para
conservarmos aquela imagem de bom samaritano, de confiável e coerente, ou mesmo
para tirarmos proveitos, enquanto tapamos o ralo que nos envergonha, pela nossa
incapacidade da plenitude.
“A
tua piscina está cheia de ratos, tuas idéias não correspondem aos fatos”, mas o tempo não pára, e sempre existirá alguém
disposto a pagar o preço da ignorância na direção contrária do seu próprio bem comum, mesmo
que enganado. Maquia-se de tudo, então, e vendem-se ilusões, para então colher, na calma, alegrias, em areias movediças. No contraditório, basta colocar a cabeça no
travesseiro a tentar dormir tranqüilo, acreditando na certeza de que para existir o bem, é preciso
o mal.
Namastê!
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