Quantos fragmentos de vida guardamos em pequenos compartimentos da
alma, e quanto deixamos? É como se em nossa seleção, separássemos aquilo que
queremos bem conservar e aquilo que descartamos, mesmo que inconscientemente,
fruto de vivências boas ou nem tão interessantes assim. Lixo do nosso lixo,
dores de amores, perdas e ranhuras da vida - momentos que queremos esquecer, ou
boas lembranças, que por alguma razão desejamos que a cada instante novamente nos
invadam.
São avassaladores os puros sentimentos, que mal conseguimos
explicar o porquê desse turbilhão que nos move às realizações mais loucas e
improváveis, mesmo com uma mente sã. As ações e reações, as palavras jogadas, e
as construções dos labirintos que nos provocam a encontrarmos saídas para tudo
aquilo que nos convém. Incapacidades superadas na realeza do nosso pulsar, no
contraditório do impossível. Conexões e energias canalizadas para o nosso bem
estar, mesmo que nem tão bem o sejam.
Por mais que nos julguemos no controle, não há controle,
diante da química que nos movimenta. Resta-nos guardar ou deixar, como
mencionei no início, e é lá onde cultivamos o medo e a ousadia, fruto das
vibrações e frustrações, sempre bem alimentadas pelo furor dos nossos desejos,
pelas conveniências da sociedade, e pela aprovação daquilo que realizamos. Como
se nos aplaudirmos ou nos recriminarmos não fosse o suficiente...
E a felicidade?
Ahhh essa tal felicidade..., pode ser conseqüência ou a razão dos nossos
atos!!!
Namastê!!
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