segunda-feira, 28 de março de 2011

Desnudo!


Não é preciso perguntar sobre o que sinto, quando meus gestos dizem tudo sobre mim. Não uso as carapaças da hipocrisia e tampouco as artimanhas da desilusão. Sou livre como o pólen, e quando me alço, fertilizo alegrias e esperanças com meu afeto. Entro sem convites e deixo entrar em mim desnudamente o amor, a violar os meus encantos em cios de felicidades.

Por vezes me recolho, a contar em desgraças os meus desenganos. Fantoche de mim mesmo puno a minha alma livre com a prisão dos mais íntimos desejos. Assim, sofro com a minha própria ausência, para então renascer no luto das cinzas das minhas arbitrariedades. Meu alimento é germinar a cada dia, como se inconsequente e infinito fosse o meu destino.

Ainda que não me entendas, e se quiseres tentar, sou um tropel vazio e ausente,  voragem presente em um rebento de sentimentos. Sou como nuvem carregada,  chuva molhada sorvida na pele macia. Sou como um beijo deflagrado no elevado da paixão. Nada complicado e nem simples, sou o intangível do comum pulsar dos corações incandescentes.

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