Quantas correntes suportamos, para nos sentirmos seguros? Precisamos mesmo nos sentir seguros, ou devemos ousar?
Para nos sentirmos seguros, basta fazermos tudo aquilo que já fazemos, e bem... O mesmo tipo de trabalho, as mesmas conversas, com as mesmas pessoas que tanto conhecemos, os mesmos clichês. É tudo muito confortável e os riscos são mínimos. O mesmo relacionamento e as mesmas promessas..., as mesmas mentiras..., as mesmas perguntas, assim como as mesmas respostas.
Ousar, exige que soltemos as amarras, que rompamos os elos que nos prendem ao passado. Exige coragem e determinação; um descontrolado controle, que nos permita seguir uma nova onda; um turbilhão, que nos leve a outros universos..., a outras vivências. Isso jamais nos tornará rebeldes, mas sensatos, irresponsáveis, mas visionários, ao escolhermos por não morrermos em conta gotas, e não esperarmos, mas sim fazermos acontecer.
Tenho experimentado muitos rompimentos em minha vida, e guardado muito boas experiências, com sucessos e fracassos; incontáveis ganhos e perdas, com muitos recomeços e novas escaladas. Paixões falsas e amores perdidos, assim como amizades, que vêm e se fortalecem, ou enganos que desatam. Uma inquietude tamanha, que me eleva às maiores impossibilidades e me permite voar.
Essas são minhas escolhas, e só minhas. Não uso, e jamais ousaria usar correntes, e aqueles que me conhecem bem, sabem, o que para mim é voar... Talvez esteja seguro e confortável, com a minha ousadia...
Como anda a sua vida?
Namastê!
6 comentários:
Oi Armando!
Vi um dia uma palestra do psiquiatra Flávio Gikovate e ele dizia que o envelhecimento é a perda da capacidade de recomeçar. Sempre penso nisso quando tenho um novo desafio a minha frente ou quando tenho de me soltar de algumas coisas para conquistar outras. Algumas vezes a gente sofre um pouco mas nada como o tempo pra fazer tudo ficar mais tranquilo.
Abração e se cuida!!!
Oi Adilene, mais uma vez obrigado por estar participando do blog. Concordo plenamente com as suas observações e diferencio a ousadia do deslumbramento, pois um é o caminho do sucesso e o outro, o do fracasso.
Um grande abraço,
Armando
"O que a vida quer da gente é coragem", já dizia Guimarães Rosa e, já que entrei no terreno das citações, parafreaseio o Maturana quando ele diz que quando distinguimos o que queremos conservar na vida, tudo muda.
Fico feliz pela sua coragem de romper laços e mudar caminhos. Não é fácil, (eu sei!)mas nos faz sentir mais gente.
Bjos
Oi Juliana, fico feliz de estar por aqui! Tenho acompanhado as suas reflexões e adoro o que escreve.
Na minha formação com o Maturana, reflexionei muito sobre as suas abordagens, apesar de que essa máquina de moer carne em que nos situamos, muitas vezes não nos permite que saiamos para refletir e tomar decisões...
Um grande beijo!
Deslumbramento é o poder de saber aproveitar e sentir um momento único! Como ignorar os olhos de uma crianca ao brincar a primeira vez com um brinquedo ou de um adulto de estar encantado com um por do sol no mar... as pessoas que possuem esse dom, sabem como é aproveitar a vida ao maximo! Bjus
Oi Debora, como você mesma diz, deslumbramentos são momentos, e nunca serão referências para se aproveitar a vida ao máximo, até porque máximo é uma referência pessoal e cada um define o seu.
Obrigado por participar...
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