segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O querer de cada um...

Há alguns dias atrás estava conversando com um casal de amigos, enquanto tomávamos alguns drinks lá no Jockers, que particularmente considero o melhor pub de Curitiba. Falávamos sobre pessoas, sobre relacionamentos e sobre as nossas escolhas, que nos trazem alegrias e que nos fazem sofrer.

No centro do diálogo, o querer de cada um: estar, admirar, estimular, amar, escolher, viver... O ceder, abrir mão, esforçar-se, sacrificar-se, tudo pelo querer. O mergulhar em um novo universo, construindo a dois um futuro muitas vezes incerto. O deixar levar-se, com as boas intenções e os frutos de um amor intenso. O levar, colocando purpurina nos vazios da relação. À margem, mergulhamos na imaturidade, nas atitudes descabidas, no ressentimento e na mágoa. Uma conversa estimulante, com grande carga de emoções.

O que mais me instigou em nosso bate-papo, e que ainda tem me provocado reflexões intensas, foi a afirmação de que “às vezes empoderamos demais o outro, e pagamos um preço alto por isso”. Gostei muito, pois realmente os excessos que cometemos em favor da outra pessoa, nos tornam mais dependentes dela, seja pela admiração, paixão ou amor. Não acreditamos que as relações possam chegar ao fim e ficamos reféns de uma incerteza, e vítimas das nossas próprias escolhas. Adorei...

É bom falar sobre relacionamentos, ainda mais quando buscamos incessantemente a felicidade, e felicidade tem tudo a ver com estar com a pessoa que você ama. A pessoa com quem você escolheu estar. Algumas pessoas dizem serem felizes sozinhas, mas isso não passa de desculpas, para justificar a incapacidade de viver o outro e com o outro. Escondem-se, enganam, vivem e morrem amarguradas, nos seus pseudos mundos perfeitos e cruéis... Desacreditam e praguejam, invejam. Nas suas frustrações, sonham com dias melhores, os quais virão somente com as suas próprias transformações.

Acho que é isso, e agradeço aos amigos pela vivência...

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