terça-feira, 27 de outubro de 2009

As amizades e o tempo!

Quando crianças nos ensinaram piamente sobre a cronologia, sobre as nossas responsabilidades e o cumprimento das nossas obrigações. Sobre como sermos cidadãos decentes e o nosso papel na sociedade. Sobre como exigirmos os nossos direitos, e cumprirmos os nossos deveres, para uma cidadania plena. Ensinaram-nos também, que a família, a escola e a religião são instituições fundamentais para a formação do nosso caráter.

Sem que nos ensinassem, aprendemos que a convivência com outras pessoas é uma tarefa difícil, na medida em que dividir, compartilhar e aceitar o outro é uma decisão de cada um, e entre as broncas dos pais, dos professores ou dos clérigos, pelo nosso egoísmo nato, nos sentimos acuados, confusos e aprendemos que sempre que os interesses forem convergentes, o caminho se torna mais ameno, fácil e divertido, se bem acompanhado.

Assim, aprendemos a confiar no outro, e de alguma forma, inicialmente, nos tornamos dependentes por pleno interesse, cujos vínculos se transformam, quando bem cuidados, em afetivos. O tempo cronológico não tem muito a ver com este tipo de transformação, a qual acontece quando os corações se encontram próximos, e respira-se o outro. Respeita-se o outro. Admira-se o outro.

Experimentei no último sábado, compartilhar minhas alegrias com amigos de mais de 35 anos de convivência, amigos de mais de 20 e 10 anos, amigos recentes, todos plenos na minha caminhada. Em cada olhar e em cada abraço, um sentimento puro de bem estar, de amor e de felicidade, simplesmente por tê-los próximos, e uma saudade imensa daqueles que por algum motivo ali não estavam.

Indelével o sentimento mútuo que permeia as pessoas que se querem bem, e que ultrapassaram as razões das conveniências. Admirável o sentimento puro que perpetua a vida das pessoas que escolheram seguir juntas, e que continuam as suas jornadas lado a lado. Louvável o sentimento das pessoas que cultivam as amizades, e que se doam ao outro, nos simples gestos, na magnificência da alma.

Finalizo esta postagem com uma carga imensa de emoção, seja pela imperdoável perda ou distanciamento de algumas pessoas com as quais deveria caminhar junto, e pelo agradecimento às amizades construídas e consolidadas ao longo da minha natividade.

Um brinde ao outro!

Namastê!

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