quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Coração Multímodo

sempre que meu coração amanhece
abro as janelas da minha alma
para que uma brisa leve e eufórica 
recicle meu peito desnudo

quando entardece
nova tormenta ameaça o meu coração
e na acrimônia dos destemperos da vida
me vejo a confrontar sentimentos

anoitece e meu coração implode e pulsa
a entregar-se a qualquer ilusão vadia
e ao desprezar a palidez da sua aura arterial
mergulha no venoso das devassas emoções

meu coração é multímodo
é ternura e deslumbramento
alvoroço e movimento
é dor e merecimento

esse louco inconseqüente
que se expõe acelerado
nada mais faz do que amar
é um coração apaixonado

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