
Assim a vida passa, enquanto fazemos planos para o futuro e nos lamentamos pelo passado, enquanto procuramos respostas sem ao menos sabermos as perguntas, enquanto desejamos aos outros, tudo aquilo que não nos serve mais. Ressonantes, multiplicamos indecisões, replicamos um universo na doença, e continuamos catalisando a morte, a cada dia.
No limiar das emoções um sentimento vazio, pela morte anunciada, pelos castelos de areia construídos nas lâminas frias de uma navalha. Um coração senil em plena jovialidade, no claustro das nossas razões. Um peito cansado, escancarado na mácula infame da hipocrisia vã. Um corpo nu, envenenado por si só e infestado pelas impurezas do descrédito.
Oxalá, que nos libertemos...
Nenhum comentário:
Postar um comentário