quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Na vã escuridão...

Tal qual morcegos vampiros, sugou o sangue e a energia reluzente da alma sã. Infundiu em si uma confiança vulgar, por não aceitar o nascente. Enganou a si e aos outros, enterrou as próprias possibilidades. Vagou transitória no bem e fez as suas escolhas, em viver no limiar das aparências.

Tal qual vermes incubados, eclodiu antes que fosse percebida. Dilacerou em si, o que mais tinha de valor, por malograr ao léu. Iludiu a si e aos outros, implodiu a própria reputação, com uma insensibilidade voraz. Mergulhou no seu mundo falso e re-estreou seu velho espetáculo medíocre e falido.

Tal qual lagartos, borboletas e outros insetos, escondeu-se. Incorporou em si, em camuflagem, a utopia, por não querer seguir em frente. Mentiu para si e para os outros, magoou propositadamente. Rasgou a felicidade e depositou o manto negro e sombrio da tristeza e decepção, sobre as estrelas brilhantes.

Lamentou-se em silêncio e na escuridão, pois já era tarde demais, e ninguém mais quis percebê-la...

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