quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ah essas mulheres!

“Acho que as mulheres são muito boas em fazer um monte de coisas simultaneamente. Homens não conseguem. Meu namorado não consegue falar ao telefone, responder a uma pergunta que eu fiz e se vestir ao mesmo tempo. Já eu consigo fazer tudo isso e ainda me maquiar”, diz a top. A explicação? Bebês. “Quando se tem filhos, é preciso conseguir fazer tudo junto”.

Essas afirmações são de Kate Moss, que é uma celebridade da moda. Sem dúvida, a sua percepção sobre essa diferença entre os homens e as mulheres faz todo o sentido, se não na abordagem generalista, na forma como encarar a vida com muita disposição e ser feliz, diante de uma agenda repleta de compromissos. Cumpri-los, sempre..., com satisfação!

O assunto que ora compartilho com os leitores e leitoras do blog, polemicamente, é fruto de conversas com algumas mulheres próximas, que escolheram abrir mão da maternidade por questões profissionais, por não quererem, ou por não se acharem capazes de realizar as suas diversas atividades e cuidar de filhos. Reações das mais diversas, como “filhos atrapalham a vida”, ou “não saberia cuidar de uma criança”, ou ainda “não colocaria filhos no mundo para sofrer”, são afirmações que ouvi.

Às vezes, tenho a sensação de que uma onda de insegurança e medo, de egoísmo e auto-afirmação, tem assolado parte das mulheres. Respeito profundamente àquelas, que por algum motivo de saúde, evitam, e também aquelas que não tiveram a oportunidade de encontrar alguém para dividir tamanha responsabilidade, ou ainda, aquelas que simplesmente não querem, por questões pessoais. Porém, algumas mulheres fazem questão de levantar uma bandeira de que filhos são empecilhos para a felicidade, e condenam, em meio às suas incapacidades, outras, que carinhosamente experimentaram, pretendem ou buscam essa relação de amor incondicional.

Na minha avaliação, as mulheres mais bem sucedidas, independentemente da atividade, conciliam filhos e o lar, com carreira, com ações solidárias e com a construção de um mundo melhor. Cuidam de tudo, exemplarmente, e deixam a sua marca e o seu legado. Outras, que sempre criticam a maternidade, mergulham na frustração, na resignação, no fel das suas próprias palavras e na aspereza das suas vidas sem sentido. Em algum momento das suas vidas, lhes faltarão abraços e carinhos, acolhimento e colo. Quando mais precisarem...

Finalizando, talvez, diante dos insights desta postagem, possamos concluir que algumas mulheres estão realmente se aproximando dos homens, ao deixarem esvair as suas principais fortalezas, que as diferenciam e as tornam melhores em um mundo competitivo: a sensibilidade, a devoção, a determinação e a beleza do cuidar.

5 comentários:

mineiro disse...

Qualquer semelhança terá sido mera coincidência.

Filhos para uns sinônimo de legado, legado de tudo, genética, educação, por um mundo melhor ou pior e etc. Para outros apenas um ser que irá atrapalhar o mundo em que vive e fazê-los parar de pensar em si próprios. Nada a favor nem contra, como você penso, apenas um sorriso no canto da boca me desperta à razão.

Ana Paula Dacota disse...

Gostei muito do seu post, ainda mais na situação que me encontro - mas tenho uma coisa para criticar: QUE FOTO É ESSA? NÃO TINHA UMA BOQUINHA MAIS BONITINHA PARA ILUSTRAR ESSE POST, NÃO?! RS...Brincadeira, amigo, bjocas...

Adilene Adratt disse...

Senti uma carga de obrigação sobre as mulheres... vou jogar a bola de volta. Ter vontade de ter filho não é obrigação feminina, é resultado de um relacionamento entre homem e mulher que evolui, cresce e se aprimora. Como em tudo na relação, 50% de cada um. Não conheço nenhum homem que assuma os seus 50%. Ou trocar fraldas de vez em quando é assumir isso? Para mim assumir um filho é querer educar e preparar para a vida. Eu particularmente decidi que se não é possível arcar com só 50% da parte que me cabe, não vale a pena colocar "mais um" no mundo...

Armando disse...

Oi Adilene, que bom te ver por aqui! Concordo com quase todas as suas colocações, mas reforço que a decisão é de cada mulher e não é uma obrigação, como vc bem diz. A questão principal é respeitar tanto aquelas que optam por não ter filhos, assim como aquelas que escolhem tê-los.
Beijo!

debora_winter disse...

Adi, concordo contigo e olha que tenho experiencia no assunto...rs. O que sempre tive comigo e passo para minha filha é que: filho é de responsabilidade da mae. Pensando nisso decida te-los ou nao. Concordo que sou benevolente com o sexo masculino nessa area, mas ja estava preparada para algumas situacoes que aconteceram e acho que passamos (eu e eles) de forma mais tranquila por fases de ausencia do pai. É claro que estamos grosseiramente generalizando, pois conheco pais maravilhosos, mas por via das duvidas, antes de tomar a decisao, considere que o filho é seu! rsrs