quarta-feira, 27 de maio de 2009

Conversa de Boteco!

Dias atrás, lá no Colarinho, na expectativa das inovações e desejando pleno sucesso aos amigos Rubens, conversávamos em um pequeno grupo sobre a lei anti-fumo, em vigor na cidade de São Paulo, seus reflexos, implicações, perdas e ganhos e a provável adequação para outros estados. - Os fumantes deveriam sair do bar, diziam uns; - os não fumantes não deveriam ir ao bar, diziam outros;- o que seria do movimento dos botecos? dizia o dono do bar, lógico...; - e a saúde das pessoas?... todos deveriam ter consciência..., e por aí foi a conversa... Como toda conversa de boteco, não houve consenso!

Quando se usa o termo “proibir”, independentemente do que seja a proibição, gera-se uma repulsa natural. Talvez pela inquietude da natureza humana, onde apesar de nos vermos obrigados a seguir regras para uma convivência social harmoniosa, tendemos a desafiar e questionar as mesmas regras sob um prisma individual, segundo os nossos interesses e as nossas percepções.

Como “proibir” o uso do cigarro em bares e restaurantes? Essa é uma atitude autoritária e unilateral, não se respeitando o direito individual das pessoas. Tanto daquelas que fumam, quanto das que não fumam. Segundo estatísticas o número de fumantes no Brasil encolheu para 25% da população. Maioria contra minoria, o bem contra o mal..., caça às bruxas...

É sabido que o fumo prejudica a saúde, e que as doenças derivadas do vício do cigarro oneram os serviços de saúde e a previdência social. Mas o que dizer das outras inúmeras causas que agridem a saúde das pessoas, o meio-ambiente e a sociedade em geral? Como estão sendo tratadas?Um grande imbróglio político e polêmico. Muita falácia, muito jogo!

O fato é que um bom boteco sem fumaça de cigarros ou de charutos não é um bom boteco! Se conseguíssemos sugerir um pouco mais de educação a alguns fumantes, para que não se livrassem da “sua” fumaça, simplesmente esticando o braço para a mesa de trás, certamente encontraríamos a tão merecida paz, para que assim as turbulências das conversas ansiosas, ricas e vorazes não fossem incomodadas ou interrompidas, e que da inevitável intoxicação, os fumantes passivos tenham a chance de continuar a viver muito mais do que os suicidas.

Viva a liberdade e o respeito!

2 comentários:

Rubão disse...

Grande Armando
Agora como dono de boteco e também antifumo convicto me encontro na famosa "Sinuca de Bico".No começo da semana no Colarinho tivemos uma coisa muito peculiar.Graças a Deus foi mais um dia de bom movimento mas por mais incrível que pareça mão tínhamos nenhum fumante no boteco.O ar estava limpo,o ambiente gostosa e pude chegar em casa sem nenhum cheiro em minhas roupas.Ao mesmo tempo concordo com vc que um boteco sem fumaça pareça uma coisa meio sem graça.Mas acabei percebendo que muitas pessoas gostam.E muito.Talvez o maior problema é que a grande maioria dos fumantes não se preocupa em não incomodar a pessoa ao seu lado.E isso é o que acaba criando a maior raiva e antipatia com relação a eles mesmos.Talvez se os fumantes fossem um pouco mais educados e situação pudesse ser mais calmamente contornada.

Paulo Moacir disse...

Salve! Sou um ex-fumante, e que fumante eu era, as vezes duas carteiras por dia. Não é mole não!
Sinceramente as coisas que eu não gostava quando praticava o vício, continuo não gostando, ou seja, cinzeiro chieo de bituca de cigarros e fumaça no meu rosto.
No mais, acho que tem uma série de outros problemas que agride de forma direta ou indireta a nossa saúde, entretanto, fica sempre à margem das discussões das autoridades.
Um abraço a todos.
Paulo Moacir