terça-feira, 14 de abril de 2009

Rio 40 Graus!

Voltando à rotina, nada melhor do que sair da rotina! Viajar estimula instintos adormecidos e hábitos esquecidos. Da minha parte me surpreendeu o fato de eu caminhar no calçadão de Copacabana todos os dias, motivado, além de ter ido à praia, coisa que não gosto muito, mesmo que esteja na praia. Penso que nos sentimos libertos e mais capazes de enfrentar o mundo.

Também enfrentei fila, coisa que não faço nunca, pela minha falta de paciência. Fui ao “Lapa 40°”, um bar na Lapa, assistir a um show de Diogo Nogueira, filho do grande sambista João Nogueira. Quase uma hora na fila, garoando, e para minha surpresa não consegui entrar. Ou melhor, não conseguimos entrar (todos que estavam, na fila depois das 10 horas da noite). Antes, fui jantar com Lisboa e uma amiga dele, Vanessa, lá no Garota de Ipanema, em Ipanema, que não possui mais charme algum além da localização e do nome. Somente um banner com o Soneto da Fidelidade, de Vinícius de Morais, que é lindo! Me decepcionei com o bar, não com os amigos. Por isso cheguei tarde ao show.

A conversa na fila estava boa e a surpresa foi quando uma pessoa, da fila, fez um convite e deu a sugestão para quem quisesse ir para outro bar. Mais de 15 pessoas que mal se conheciam seguiram, inclusive eu. O bar se chama Heavy Rock, um reduto de rock´n rol no meio das muitas casas de samba. Uma Harley na entrada, um telão com show dos Roling Stones e um gato preto curtindo o movimento, o que aos olhos de Ozzy Osbourne seria uma benção. A minha surpresa nas conversas foi o fato de duas amigas comentarem uma característica comum: haviam sido casadas com uma mesma pessoa, em épocas diferentes, se conheceram e consolidaram uma grande amizade. Lógico que não me contive e tive que perguntar se ambas falavam mal do “falecido”. Afirmaram que "sim, claro que sim", em meio a boas risadas. Os paradigmas vão sendo quebrados e temos que entender esses movimentos sociais para uma vida harmoniosa e feliz.

Ainda tive a oportunidade de conhecer um bar chamado Esch Café. Um lugar maravilhoso no Leblon, indicado por meu irmão, onde se toca muito jazz. Cheguei na noite errada e o som era MPB e bossa nova, mas com uma qualidade imensa. O ponto também agrega apreciadores de charutos e é inevitável chegar em casa impregnado. Vale à pena mesmo! Lembrei-me da minha experiência com charutos no Hermes, quando depois de autorizado pelo Lulo, dono do bar, vi meu charuto ser apagado por uma megera. Queria matá-la, mas me contive. Estava no bar no Leblon na mesa ao lado a atriz Angelina Muniz, muito bonita, moderna e cortês.

Volto a falar da minha característica de viajar sozinho, nem sempre por opção, e observar que nessas situações estendemos a nossa relação de confiança a garçons, motoristas de táxi, porteiros e outras pessoas estranhas. Um exercício de convivência para quem quer construir e viver em mundo melhor, na diversidade e respeito.

Namastê!

2 comentários:

Juliana Saito disse...

É sempre bom poder compartilhar momentos com os amigos. Liberta a alma e faz bem ao coração. Continue aproveitando cada minuto na "Cidade Maravilhosa" e ao retornar, nos conte mais novidades! Abraços, Ju Saito.

Rubão disse...

Grande Armando
Ve se lembra de me convidar para o próximo "CURSO" que vc for fazer no Rio!!!