A música “Encontros e Despedidas”, de Milton Nascimento e Fernando Brandt, nos dá uma idéia dessa viagem em metáforas, que muito bem podem ser entendidas no trecho “e é assim, chegar e partir..., são só dois lados da mesma viagem”. Uma bela música, uma bela poesia, a crua realidade da vida.
Quando nos despimos das inconformidades e olhamos a vida com naturalidade, percebemos que esse é o curso natural. Porém, quando depositamos expectativas e sentimentos excessivos, geramos em nós mesmos frustrações e sofrimentos muitas vezes insuportáveis. Perdermos um ente querido, que ao olhar do curso natural finalizara sua missão, mas mal conseguimos conviver sem ele. Rompemos um romance, que durou o quanto necessário, mas uma mágoa nos inunda por perdermos o domínio sobre o outro. Deixamos que as boas lembranças e as lágrimas de saudade e de bons momentos sejam transformadas em tormentas, e que o curso de nossas vidas seja alterado. Matamos parte de nós e tentamos conviver com a melancolia. Somos pouco, ou nada resilientes.
Acho que não entendo muito de nada, mas um pouco de muitas coisas, e tenho aprendido que o fim é sempre um impulso para um novo começo e quando você chega ao fundo do poço, percebe que não é o fundo do poço. Quando nos libertamos dos apegos e inundamos nossos corações de amor, temos novas chances de reescrevermos as nossas próprias histórias e de continuarmos felizes, acumulando em nossa bagagem algumas perdas e muitos ganhos!
“Penso que seguir a vida seja simplesmente conhecer a marcha, ir tocando em frente...”
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