segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Viver em Curitiba é um Privilégio!

A cidade cresceu e não só em números, mas nos acontecimentos. Quem diria que em pouco mais de uma década receberíamos tantas influências externas. Saímos do tradicional "leite quente", para o mundo. Quanta troca cultural e gastronômica. Quanta novidade! Estamos próximos aos grandes centros, ao caos generalizado e necessário para uma cidade grande, cosmopolita.

Quem mora por aqui há algum tempo deve lembrar o quanto era difícil encontrar boas ou variadas opções de lazer, excetuando-se os parques, cartão postal de Curitiba. Não haviam muitos bares ou restaurantes, poucos cinemas. Shopping, somente um. Os poucos acontecimentos eram concorridos e o Blindagem levava ao Parque Barigui em torno de 30 mil pessoas nos "domingos no parque", iniciativa louvável do poder público local à época. Várias bandas hoje famosas, abriram o show do Ivo, Paulo Teixeira, Paulo Juk, Albertinho e Pato. Quanto orgulho de ser curitibano! No Bosque do Papa rolava um rock 'n roll de primeira, também nas tardes de domingo. Descer a serra de trem, rumo ao Marumby ou Porto de Cima era uma boa opção para a turma, com um violão para animar. Celso Blues Boy, Oswaldo Montenegro e Gloria Pires, entre tantos outros, cultivavam uma paixão incrível por nossa cidade. Tempo bom!!

Penso que hoje estamos ainda melhores, mesmo com trânsito e filas, e o saudosismo às vezes nos remete a questionarmos nosso próprio futuro. Não sei se as pessoas, à medida em que vão amadurecendo trocam tanto as prioridades, mas hoje certamente troco o chacoalhar do trem e o sanduíche de mortadela daquela época, por um bom restaurante e um blues, apesar do passeio e das paisagens serem maravilhosas. Quem não fez o trajeto, está perdendo...

Hoje convivemos com uma diversidade de pessoas, de vários estados e países, o que nos proporciona novas experiências e riquíssimas trocas. Os bares estão mais animados e a conversa flui maravilhosamente; mostras de cinema e peças de teatro excelentes, shows imperdíveis, novos ares. Gente que chega de todos os lugares e sempre contribuem para a solução de todos os problemas do Brasil e do mundo, com simples receitas de vida. Acolhemos bem aqueles que optam por viver em nossa cidade e não desmerecendo meus conterrâneos, tenho a impressão de que já cultivo mais amizades com pessoas de outros lugares, talvez pela dimensão. Ensinamos e aprendemos com o mundo e isso é o que sempre quizemos, não ter fronteiras.

Realmente é um privilégio viver em Curitiba!

3 comentários:

Rubão disse...

E certamente é essa troca de informações,esse convívio multicultural que nos faz valorizar as coisas que tivemos e fizemos em nossa então "Pequena Curitiba".E maravilhoso poder viver tudo que temos acesso hoje em nossa cidade mas sem nunca esquecer o que "tivemos".

Ana Paula Dacota disse...

Sobre morar em Curitiba, realmente é um privilégio, por isso eu e o Val estamos aqui, nós amamos essa cidade e pronto! As pessoas que conhecemos aqui nos acrescentam cada vez mais, e embora elas sejam inicialmente exigentes, difíceis, e etc, etc, fazendo jus a uma fama que ultrapassa as fronteiras - quando eu vou para um outro estado, logo comentam: "Dizem que o Curitibano é muito chato..", carregam este esteriótipo, porém, passado o período inicial em que eles te avaliam (esse período pode variar de 6 meses a anos), eles se mostram pessoas amigas e muito profundas.
P.S. Não fomos ao Festival de Jazz, passei o f.d.s. todo muito gripada...Fica pra próxima, mas valeu pela dica! Abraços!

Juliana Saito disse...

De fato, é um privilégio viver em Curitiba.
Desde 2001, quando saí de São Paulo para morar aqui, não posso negar que o "choque cultural" foi bastante grande: as exigências e preocupações das pessoas locais, os programas de finais de semana, os bares, o "leite quente", a "vina", o "pia", enfim...
Concordo com o comentário da Ana quanto ao esteriótipo do curitibano chato.
O bacana disso tudo é que ao final, conseguimos perceber que tudo isso nada mais é o romper fronteiras que diz nosso mais novo amigo blogueiro, que se transforma em aprendizado, convivência, aceitação, em amigos novos amigos!