quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Insolente

Quem pensa que o baile tem dono, mal sabes do teu meretrício. Bandida, de coração palpitante, roubastes de mim meu querer. Bailarina das luzes afoitas, das flores da noite. Dama perdida, insiste que a vida é deixar, e esquece que dor é amar. Causastes em mim um furor, e essa tua mania de dizer baixinho que ainda sou teu, não convence. Enquanto se exalta, parti. Por maior o sofrimento, mais vale um momento bem longe de ti.

Mal sabes você, que sofro calado, e longe me agrada um destino qualquer. Meu coração atrevido vaga pela cidade, a dissimular um caminho, quem sabe um presente. A solidão expõe meu louco desejo e me perco nos afagos da noite. Na acolhida, nada encontro que me agrade, além do frio da tua ausência a cortar meu peito vazio feito lâmina pungente. Insolente, mente, enquanto achas que ainda sou teu.

(esta letra aguarda ser musicada, com um bom samba!)

Um comentário:

Giseli Canto disse...

Caraca! É toda samba. Linda mesmo. Quem sabe ro
la né!!!!