terça-feira, 17 de agosto de 2010

O Amor do Poeta


A paixão é uma inquietude da alma, lírios a perfumar os caminhos das pessoas que se querem bem, que se completam. Sob o manto azul do céu, repousam sonhos, afetos compartidos em cápsulas de alegria, a eclodir esperanças, a brotar felicidade..., o ópio da vida!

O limite é intangível, e tergiversar à tua ausência é vapor, é entorpecer à tua presença. Vida de opostos, yang e yin, homem e mulher, que se complementam e seguem, ou deixam seguir. O absurdo negro da razão é a anti-matéria cartesiana, a anular o desejo, e o amor. Mate a paixão, como incapacidade do insensível destino, então subtraia o amor, e colha desilusões e sofrimento.

Da tua lâmina fria, hei de fazer escorrer lágrimas de solidão. Da tua espada, um instrumento da dor, a verdade do amor. Da tua luz, uma fronteira para a alma. Contraditório da paixão, o amor é eterno, mata-se e morre-se nas suas entranhas. Tais quais mártires do amor são os poetas, que matam e morrem a cada momento, e por isso vivem!

Um comentário:

Adilene Adratt disse...

Oi Armando, pelo que vejo vc anda em fase bem poética!
Abração e se cuida! :-D