terça-feira, 10 de agosto de 2010

Meias Verdades


Ainda que seja tarde demais, impor a verdade, acima de tudo, é o melhor caminho para a leveza da alma!   

Meias verdades e mentiras podem ser instrumentos para a quietação dos ânimos, ou para acalmar anseios, ou ainda para proferir a paz. Podemos adiar um desfecho, protelar, ou criar um final, ao nosso gosto. Sôfregos por um desenlace feliz, veneramos o resulto, seja a que custo for. A natureza humana sempre nos impôs a aceitarmos as coisas que nos façam nos sentirmos melhores, ou que justifiquem as nossas verdades, e inclusive as nossas mentiras.

Qual o peso que estamos dispostos a carregar? A sensatez nos impulsiona à felicidade, muito mais intensa quando o fardo é menor, já que ao ponderarmos as nossas responsabilidades, imputamos a nós mesmos nossas verdades, meias verdades e mentiras. Na nossa bagagem, enganos, fantasias e ilusões contrapõem-se aos princípios e às conformidades.

Qual o preço que estamos dispostos a pagar? Ao nos sentenciarmos, entre êxitos e maus êxitos, o remorso pela vitória ou pela derrota. Uma dúvida pungente, uma linha tênue entre o certo e o errado, entre o bem e o mal. Pesará sobre o nosso destino o entendimento sobre nós mesmos, sobre o queremos conservar. Um julgamento de cada um, à sua consciência.

Novamente escolhas, encruzilhadas a orientar o nosso destino. A carícia pode refutar a afetividade, assim como a boa intenção pode refutar a boa-fé. Ao mascararmos um desígnio, damos liberdade ao outro, enquanto nos aprisionamos. Satisfeitos, brindamos ao bem estar do outro, enquanto ingerirmos vagarosamente os logros à nossa própria existência.

Ser feliz ou fazer feliz?  Ser feliz é fazer feliz?  


Namastê!

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