Rasguei páginas do meu caderno de poesias, e pouco ainda há a
retratar das minhas madrugadas vazias. Trago comigo os raivosos cães da minha
anormalidade, como se fossem anjos do meu desconcerto, e enquanto espero do
tilintar das mariposas a calma que me incomoda, mergulho no meu universo Platão
de coisas, matérias e anti-matérias, a louvar as impertinentes escolhas em
becos escuros. Na mais plena lucidez, ainda haverei de anular as minhas
qualidades, e na imperfeição dos meus desejos, favorecer os meus erros, para então novamente me ver a sorrir, não do desprezo, mas das verdades.
2 comentários:
Pode rasgar o caderno inteiro de poesias que ainda sim ela estará lá, como está nesta crônica, a poesia é imortal e sobreviverá sempre aos piores golpes da razão...Abraços!
São prazeres dantescos, os quais passamos pelos buracos de agulhas, e para enxergá-los basta despir-se da razão e entregar-se.
Beijos querida, e obrigado por estar por aqui...
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