Quando o desamor bate em nossa porta,
nos sentimos impotentes, fracassados, amaldiçoados. É como se tudo conspirasse
contra, e a nós restasse seguir, passo a passo, hora após hora e dia a dia, sem
olhar para trás, a remoer aquilo tudo que um dia nos fez acreditar em
felicidade.
É como se nos despetalássemos,
jogando fora parte a parte daquilo que nos faz parte, para que possamos enfim aliviar
a imensa carga de emoções que carregamos. Como se aquele ar que tanto
respiramos nos sufocasse. Como se não nos bastássemos mais como somos. Como se
não mais soubéssemos quem somos.
Estranhos ficamos, ao olhar dos próximos, quanto mais dos distantes.
Isolamos-nos então, a digerir aquela dor intensa, indesejável, a nos maltratar
insistentemente, pela culpa, pela decepção ou frustração. Rasgamos as cartas e
jogamos fora as lembranças. Evitamos conversas e pessoas, cuidamos do nosso
luto.
Por fim, jogamos as pétalas nos jardins da vida, frutificando
esperanças em nossas almas, e pacientemente esperamos que algo novo aconteça, não
pelo destino, mas porque somos merecedores. E refletimos então que tudo aquilo
era preciso, para que nos tornássemos ainda mais capazes de seguir...
Namastê!
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