Não consigo fechar os olhos, pois lágrimas de sangue escorrem pelo meu rosto. Em meus pensamentos, somente preocupações ocupam as minhas incursões. Meu coração está de luto e nas minhas veias corre o negro da desilusão e do sofrimento. Não há o que entender e tampouco justificar, pois estamos doentes, doentes pela impulsividade dos desejos, e a qualquer preço sofremos calados, digerindo a indignação dos quereres e dos poderes.
Apodrecemos e nos achamos mais nobres a cada dia. Louvamos o descabido, e ocultados pelo limo da pobreza de espírito nos achamos cada vez melhores. Assim, matamos os outros e matamos a nós mesmos. Suicidamos-nos a todo o momento quando da renúncia da vida. Maltratamos nos maltratando, e ainda assim, achamos que somos superiores. “Viestes do pó e ao pó voltarás”, mas não damos bola, e deslumbrados e aclamados por idiotas e imbecis, bem vestidos e bem quistos pelas castas de idiotas e imbecis.
Este lamento não é revolto, não é movimento, nada é. É uma simples dor e tristeza, profundas amarguras e ressentimentos. Um insólito despejar de emoções, mudança de consciência, crescimento e desabrochar. Não olharmos simplesmente os jardins, mas cuidá-los, não olharmos simplesmente o sorriso das crianças, mas abraçá-las, para que nunca esqueçamos que aqui estamos e também somos responsáveis pelo desvendar e pelos acontecimentos, por mais dolorosos que sejam.
Namastê!
Um comentário:
Namaste.
Triste e sabio.
Puro e verdadeiro.
Difícil mas vivido.
Louco e sofrido.
Talvez cármico.
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