quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

À Flor da Pele


Não é o tempo que regula os sentimentos, tampouco as vontades. Não é a dor que dimensiona a intensidade das lágrimas, tampouco o afago. Não é a vida que transforma a vida, tampouco a morte. Não é a luz que revela a escuridão, tampouco o inverso.

Nos adereços da vida, plantei as minhas fantasias a aspirar impetuosos devaneios. Cobiçar a liberdade é frutificar desejos, é viver no âmago das emoções, e viver, é deixar escorrer com intensidade e em catarses, os nossos sonhos.

O que dizer do amor, esse louco despertar que nos acolhe e nos repele, que nos comove e nos alegra, que nos embriaga de paixão. O amor é  dor, é a utopia da ilusão. Um começo em seu próprio fim. É o egoísmo da alma a enclausurar os sentimentos.

Ainda ando perdido a esquecer em labirintos a felicidade, e por minhas mãos deixo escorrer a docilidade, nas amarguras. Não são versos que revelam o poeta, tampouco a sua intenção. Na essência, nada mais há além de vida, mesmo que revelada em morte.

Um comentário:

Ana Paula Dacota disse...

Adorei este post! Quanta beleza, que bela estrutura de pensamentos, parabéns! Parabéns também pela repaginada no blog, ficou muito bom, está show de bola! Bjs!