segunda-feira, 14 de junho de 2010

Quando tudo acontece...

Passada a euforia dos enamorados, motivada pelo seu dia e também por Santo Antônio, o casamenteiro, é hora de fazer planos. Refletir sobre qual o significado da vida comum, do compartilhar, do compreender, do doar-se. Decidir sobre o futuro, e se a amorosa relação significará estarem sob o mesmo teto, ou somente sob os mesmos lençóis, se o amor há de suportar a ansiedade e as diferenças, e se irão seguir juntos, eternamente.

Namoros, começam por interesses básicos, instintos e desejos, a admiração de um sorriso, dos olhos, dos sonhos. Aquela palavra dita, um suspiro, uma besteirinha que faz com que, naquele momento, duas almas se encontrem, e uma imensidão de possibilidades se abra. Uma química de emoções, despejada em um turbilhão de sentimentos, uma revolução maravilhosa, louca paixão!

A paixão é um tsunami, que nos invade, quando menos esperamos. Falta-nos ar e as pernas bamboleiam, as palavras ficam fora de sincronia. Nada se explica, simplesmente se sente algo que não se pode controlar. Um desejo louco de estar perto daquela pessoa o tempo todo. De respirar o mesmo ar, não como se aquele momento fosse o último, mas o único. Um querer bem infinito, um grande amor!

O amor é eterno, solidifica, e não mata a paixão, complementa-a. É ilimitado, ornado pela intensidade dos desejos e dos sonhos. Um presente, uma dádiva, uma oferta do fundo do ser, a ser compartilhada. Um cristal único, que pertence a duas almas livres do preconceito e da dúvida, que escolheram serem livres, livres para voarem juntas.

Assim começam as relações, e assim frutificam, impulsionadas por um desejo insano, e construídas na solidez dos corações puros, na adversidade ou na quietação, transcendendo tudo aquilo que já estava escrito. Não é só querer, ou se deixar levar, tampouco deixar para depois. Nas relações, é preciso acontecer, com intensidade. Dar um tempo é só o começo, do fim...

Namastê!

2 comentários:

Ana Paula Dacota disse...

Armando, o dia dos namorados é um saco, nada mais irritante e comercial. Mas comemorar o amor todos os dias é muito lindo! Gostei muito dessa sua crônica, falar de amor sempre é muito bom! Bjs!

Adilene Adratt disse...

Amor? Cadê? Nessa loteria da vida o meu número ainda não foi sorteado...