
Quando percebem que estão sós, ultrajam com blasfêmias, racionalizam, como se não fizessem parte deste mundo doente. Atribuem culpas e se isentam, reclamam e profetizam, externam as suas insatisfações e apresentam as suas mais íntimas receitas. Promovem o seu pequeno mundo perfeito, mas pouco agem.
Falam em mudar de endereço, em mudar de cidade, em mudar de país. Gritam nos balcões dos bares e nos almoços de família, sem ponderações. Culpam inocentemente, segregam ingenuamente, maltratam com ignorância. Acham que impor os seus modos, os seus conceitos e os seus padrões, soluciona. Disseminam mais violência, e pouco agem.
Permitem, ao não participarem.
Aceitam, ao não fazerem escolhas.
Matam, ao omitirem-se.
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