quinta-feira, 26 de abril de 2012

Desamor

é preciso deixar o coração em brasas
a acalmar a paixão que nos incendeia
e no limiar dos acontecimentos
fluir amor
no fraternal dos nossos sentimentos
e na docilidade do abraço
acariciarmos o nosso peito cansado

é preciso deixar correr a vida
a brincar entre os jardins que deixamos de apreciar
e nos encantos de cada amanhecer
suspirar o novo
no pulsar das nossas emoções
e no desejo inquieto da felicidade
renascermos para o belo

é preciso deixar, simplesmente deixar
e por mais que nos custe o desapego
seguir em frente
sem nunca esquecermos
que tudo aquilo que nos comove hoje
fora um dia criado por nós
e que mais do que vítimas do nosso passado
somos protagonistas do nosso destino

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