terça-feira, 24 de maio de 2011

Entropia!

Ainda bem que eu realmente existo, e sinto isso a cada beijo que dou, ou a cada afeto que recebo. Ao tocar as nuvens, as pessoas, e os desejos, e as loucuras, é quando viajo na ilusão incólume dos segredos mais íntimos da sedução. Descobrir não é sabido, pois não se descobre o que se sente, simplesmente se sente.

Essa desordem que me habita, é o ônus por ter decidido pulsar. Ser intenso é morrer e renascer a cada dia, como se os momentos fossem liquidificados e colocados à mesa, novamente, repetidas vezes. Uma entropia total, que une e desune, ata e desata, e a cada segundo faz purpurinas escorrerem dos meus olhos brilhantes.

Por isso talvez me julguem diferente, nem melhor e nem pior, mas diferente. Dotado do mesmo dom de todas as pessoas eu sou, das mesmas oportunidades para se viver. Podem então reforçar as minhas transgressões, mas sem nunca deixar de exaltar os meus encantos, pois a cada sorriso meu, deixo uma alegria ao outro, e a cada gesto, um afago. Prefiro a dor da incompreensão aos rastros da mediocridade.

2 comentários:

Karina - Kaká disse...

e quem não sabe ser intenso, que seja frio, meu amigo... ;)

Ana Paula Dacota disse...

"Prefiro a dor da incompreensão aos rastros da mediocridade" - lindo isso!