
Não é
saudável rasgar páginas da existência, pois os escritos nos encantam às
beiradas. É preciso tocar os papiros ásperos, como se incandescentes fossem ao
seu silêncio. Ouvir, então, o despojado desgosto daquilo tudo que nos alucina,
para deixar, simplesmente deixar. Lembrarmos que as pupilas exaltadas sambam,
ao não quererem entender os absurdos que nos são ditos, quando o são.
Ainda
ontem, disse aos meus simplórios esquisitos que não queria mais entendê-los, pois a
minha loucura não traduz o arcaico clamor dos vômitos da minha insanidade. Mesmo
assim, resolvi olhar para o céu, a venerar todos os cruzeiros que nos insistem naquilo que mal sabemos, ou que nos induzem a acreditá-los. Sigo adiante, sempre, e
os esgotos das inconsistências contrapõem o meu voar, pássaros da dúbia
liberdade.
Deixo
então, aos algozes das diferenças, pequenos borrifos de felicidades,
caleidoscópios de sinceridade, meus mais doces olhares, como se Deus em mim reluzisse, a florir.
Deixo meu beijo e meu encanto, meu carinho e meu abraço, meu aperto apertado em muitos
afetos, além da minha alegria, sangrada de purpurinas sobradas das réstias de constelações...
Quem sabe julgar uma escolha, saberá o que será de um pensamento?
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