Meus atos falhos me diferenciam de você! Não que sejas perfeita,
mas aos meus olhos sim, a perfeição. Fizestes de mim o espelho das tuas
virtudes, pois a tua presença em mim deflagra encantamento, em claves de felicidades. Você me
acalma e também me incandesce, pois és luz e estrelas, e és a razão desse meu
louco amor e desse meu louco viver.
O expectorante da alma são as poesias e as estrelas, os amores e as paixões, as amizades e os momentos. Sempre que resolvi comer giletes, sonhei com atrocidades, e ao engolir girassóis, plantei um universo de vagalumes a iluminar minhas noites dispersas. Esse desejo louco e a minha sede de amor, ainda haverão de matar e de enterrar o meu sorriso!
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
sábado, 10 de novembro de 2012
Cogito
eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do possível
eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora
eu sou como eu sou
presente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim
eu sou como eu sou
vidente
e vivo tranquilamente
todas as horas do fim.
(Torquato Neto)
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Vagando

Não é
saudável rasgar páginas da existência, pois os escritos nos encantam às
beiradas. É preciso tocar os papiros ásperos, como se incandescentes fossem ao
seu silêncio. Ouvir, então, o despojado desgosto daquilo tudo que nos alucina,
para deixar, simplesmente deixar. Lembrarmos que as pupilas exaltadas sambam,
ao não quererem entender os absurdos que nos são ditos, quando o são.
Ainda
ontem, disse aos meus simplórios esquisitos que não queria mais entendê-los, pois a
minha loucura não traduz o arcaico clamor dos vômitos da minha insanidade. Mesmo
assim, resolvi olhar para o céu, a venerar todos os cruzeiros que nos insistem naquilo que mal sabemos, ou que nos induzem a acreditá-los. Sigo adiante, sempre, e
os esgotos das inconsistências contrapõem o meu voar, pássaros da dúbia
liberdade.
Deixo
então, aos algozes das diferenças, pequenos borrifos de felicidades,
caleidoscópios de sinceridade, meus mais doces olhares, como se Deus em mim reluzisse, a florir.
Deixo meu beijo e meu encanto, meu carinho e meu abraço, meu aperto apertado em muitos
afetos, além da minha alegria, sangrada de purpurinas sobradas das réstias de constelações...
Quem sabe julgar uma escolha, saberá o que será de um pensamento?
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