quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Estações Mortas

É chegada a primavera, e em meu peito ainda esse avassalador inverno, a me imputar a dor da tua ausência. Sem risos e sem alegria, ipês insistem em não desabrochar, em não florir, pois não há simbolismo no belo.

Rosas e gloxínias desprotegidas no exaurir do tempo e flores do campo em campos cinza a nortear meus dias negros. Não há sentido nas cores, nem natureza nas flores, tudo é morte.

Na angústia das horas, passa-se o tempo no descompasso da espera, e nada parece brotar em mim, a não ser espinhos a me afastar desejos fecundos.

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