Gosto de pessoas desarmadas, cuja
única ameaça, e golpes que possam vir a me surpreender, sejam a vivacidade das
idéias e a docilidade das intenções. Ainda assim, convivo com maiores e menores
em quaisquer coisas, iguais e diferentes, geniais e imbecis. Ao final, mesmo
desgostoso com os infiéis da alegria e pobres de emoções, acabo por aprender o
quanto é bom não ser igual a eles, enquanto louvo a intensidade, mesmo das
tolices, sem arrependimentos.
Percebo então, que pouco há a se
ensinar, e que os exemplos são factóides dos nossos desejos e interesses, que
da ingenuidade surgem as grandes modificações, pois lá não existem maldades, e
que sofisticação é um infortúnio. Que a longevidade pode estar muito mais
próxima do que pensamos, pois eternos são os momentos, os abraços e a calmaria
que eles nos trazem, mesmo em lembranças, e digo sempre que o fato de estarmos
respirando é uma intenção muito simplista para quem se dispõe a viver a vida, e
ainda assim, a deixamos escorrer pelas palmas das nossas mãos.