sexta-feira, 30 de julho de 2010

Dôce Poeminha Antigo

"se você namora
dê beijinhos no portão
saiba que o amor é cego
mas os vizinhos não"

terça-feira, 27 de julho de 2010

Encontros e despedidas...


Por mais longa que seja a nossa vida, ela um dia finda. Uma jornada duradoura, repleta de momentos felizes, de dificuldades e superações, derrotas  e vitórias. Uma caminhada livre, fruto das nossas escolhas, que nos dirá em nossa despedida o quanto valeu à pena. Para alguns, uma simples passagem, para outros um legado.

Conhecemos gente, carregamos gente, e também somos carregados. Choramos e gritamos de alegrias e tristezas, nos comprometemos com a vida. Abraçamos apertado, enquanto somos abraçados. Falamos palavras doces enquanto nos acariciamos, agraciados com mais um sorriso. Na pureza da alma o deleite.

Nossa vida, bela vida, é repleta de encontros e desencontros, de chegadas e partidas, de despedidas. Relacionamo-nos com pessoas, plantas, animais e desejos, assim como os perdemos. Fazemos a diferença na vida dos outros, para que a nossa vida seja diferente. Amamos, amamos e amamos...

Todas as lágrimas que derramamos têm um destino: regar a esperança e principiar sonhos, construindo novas trajetórias a passos ousados. Assim, as lágrimas que ora derramo, de felicitações pelo seu dia que se aproxima, são as mesmas pela sua ausência, pois anos que vêm são também anos que vão. Parabéns, desejo a  sua eterna presença!

Decifra-me...

"Decifra-me, mas não conclua... Eu posso te surpreender. Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão; tranqüilidade e inconstância; pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono. Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer... Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. Ou toca, ou não toca."

Clarice Lispector

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Chuva de Cores

quando chove na roseira
chuva intensa que molha
as rosas se despetalam
faz chover cores na terra

cores que às vezes faz falta
mas que quase sempre exalta
que quando surpreende assalta
o coração desavisado

por isso choro na roseira
e faço cair cores no chão
que logo colho e espalho
pra surpreender seu coração

coração que bem-me-quer
mas que bate longe do meu
num descompasso cruel
com jeito de mal-me-quer

coração amargurado
pelas asperezas da vida
a repetir um passado
que mal deve ser lembrado

por isso cato no chão
as rosas despetaladas
com elas faço chover
pétalas em seu portão

espero pacientemente
para quem sabe um dia
com a mais bela poesia
lhe tirar dessa ilusão

para que todo esse afeto
em motivo de paixão
consiga enfim aquecer
seu descrente coração

mulher que tanto me encanta
que canto em versos e prosas
a quem escolhi dedicar
não as pétalas mas as rosas

terça-feira, 20 de julho de 2010

A Lâmina do Poeta


Flertei com pontos brancos de uma parede branca, e fiz um vôo pálido por um universo vazio. Sereno, como se nada almejasse, agonizei na solidão da minha própria ausência, repousei nas plumas dormentes dos pássaros perdidos e mergulhei em um mundo vão, ausente de emoções.

As margaridas murcharam, e as borboletas morrem a cada dia, pois cansaram de lutar, e já não mais alegram as madrugadas intensas. A luz se apaga, sem que o dia tenha amanhecido, e na ausência do luar, o negro da angústia ensandece a esperança. A noite tornou-se a sina, e o passar das horas uma tortura silenciosa.

Quireras de verdades, na soberba lucidez da minha própria alma, ainda que meus desejos frívolos inconscientemente reflitam a luz. Sei que tenho opções, e ao largo do jardim, gargalos generosos e insistentes não me deixam escolher o meu próprio destino. Em meu desgoverno, querem me guiar, como marionete que sou.

No hesitar dos sentimentos, o limiar da tristeza e da dor, ou a embriaguez do júbilo, na profundeza das palavras por onde se esconde o poeta. Ora embevecido de ternura, ora enraivecido de mágoas, no brilho da sua lâmina tênue, irradia vida e encanta, e no corte profundo, aflige cada momento, que é de cada um.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Coisas do Coração!


Nem tudo que nos falam nos diz respeito, assim como nem tudo que dizemos faz sentido aos outros. Interferir nos sonhos e nos destinos de outras pessoas exige não só cumplicidade, ou compreensão, impulsividade ou desejo, mas um olhar diferente; um pressentir que vai muito além da intuição. Um olhar do coração!

O que nos coloca naquele momento, diante das reflexões e decisões importantes dos outros? O que nos move a sofrermos, vibrarmos e nos extasiarmos com coisas e situações que não são nossas? Por que nos fartamos de felicidade, ou de dor, quando algo deflagra nos outros, alegrias ou tristezas? Um sentir do coração!

Ainda que não estejamos prontos ou esperançosos, tampouco propensos a nutrir a nossa própria alma vazia de emoções, inundamos de fé e de boas venturas os desejos dos outros, a impulsioná-los a realizarem as suas quimeras. Soberbos, mesmo a dissimular as nossas vontades, os alçamos. Um pulsar do coração!

Por tantas vezes me surpreendi a derramar lágrimas que não eram minhas, a torcer silenciosamente pelo sucesso de outrem, ou ainda, a deleitar-me com gargalhadas desvairadas a irromper o silêncio do meu próprio luto. Mesmo em dias de tormenta, deixei-me fluir como brisa leve e suave, a acariciar a face tesa dos outros. Coisas do coração!

Breves Citações!

  • Citações Loucas
      "Haverei de arrancar-lhe todos os seus desejos e consumi-los"
(Armando) 

  •   Citações Picantes
     "Liberto-me ao brincar no seu íntimo"
(Armando)
    
  • Citações Apaixonadas
     "Meu coração adoece com as suas intermitências"
(Armando) 
"O amor real ao outro somente permanece quando existe admiração"
(Adilene Adratt)
  
  •   Citações “Com ou Sem Sentido”
     "Na galáxia, via-láctea, minha odisséia é você"
(Armando) 
"Se fôssemos todos previsíveis, seria uma chatice"
(Ju Saito) 
     
  •   Citações Ridículas e Infantis
      "Sei que você me adora e quer catchup"
(Armando)


(Envie por email citações de sua autoria, para que eu possa incluir no blog, no post “Breves Citações”, que estarei publicando semanalmente todas as segundas-feiras. Quem sabe, se colhermos muitas citações, possamos publicar uma coletânea.)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A ternura de ser mulher!


Nas diversas facetas da paixão, há um puro lapidar do amor, edificado em bases sólidas,  em encantos e  desejos, a desabrochar sentimentos castos e virginais. Ao entregar-se ao amor, amortecida pelo receio e ensandecida de excitação, lançou sobre si mesma uma nuvem de felicidades e aguçou no íntimo, sua alma iluminada. Decidiu-se então, encharcou-se de malícias, sem maldades, e entregou-se.

Não havia como suportar, ou refutar, já que a dor poderia ser ainda maior. Mas não era a dor que importava, e sim o desejo. Se fraquejasse, poderiam emergir decepções e frustrações, mas mesmo assim não se sentia pressionada, pois sabia que era o momento. Toda mulher sabe quando é o seu momento, pois é único, e aquele era o momento dela. Não havia dúvidas, por mais vacilante e cruel que um engano pudesse ocorrer, e as suas consequências, estava pronta.

Os lábios trêmulos, em beijos ardentes. A volúpia de estar ali, prestes a emergir no pecado, pois sempre fora induzida a esperar. Os abraços intensos e o estímulo fugaz. Os corpos nus e tão próximos. O sussurrar das palavras e os gemidos. Os primeiros carinhos transbordos de emoção e o lacrimejar de alegria e medo. Tão obscura fora a sua vida, repleta de momices, e tão dissimulada. Chegara à hora de ser mulher.

Diferentemente de muitas mulheres que conhecia, ou que ouvira falar, escolheu o seu par, e era o seu grande amor. Por mais que aquele amor não durasse para sempre, e ela sabia que isso poderia acontecer, tinha a certeza que ele era a pessoa certa. Era para ele que decidira se entregar. Com ele, traçou planos, e fez eclodir as suas fantasias. Com ele sentiu-se ansiosa, e depois segura. Em nenhum momento desejou outra pessoa. Sabia muito bem diferenciar sonhos da realidade, e assim percebeu que tinha amadurecido.

Por mais marcantes que tenham sido os momentos e detalhes, as pessoas, os lugares, nada lhe extasiava mais do que saber que tinha crescido e que a sua experiência fora única, e exclusivamente sua. Que o desconforto fora selado pelo carinho e pelo gozo, e que ali se tornara mulher, desabrochara. Não havia o que contar, ou comemorar, mas guardar para si o seu momento, como um cristal único, precioso, a levar consigo pelo resto da sua vida. 

Transformou-se então, dividiu toda a ternura, doçura  e encanto de ser mulher. 

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A Letra - Explode Coração

Explode Coração
(Gonzaguinha)

Chega de tentar dissimular e disfarçar e esconder
O que não dá mais pra ocultar e eu não quero mais calar
Já que o brilho desse olhar foi traidor
E entregou o que você tentou conter
O que você não quis desabafar

Chega de temer, chorar, sofrer, sorrir, se dar
E se perder e se achar e tudo aquilo que é viver
Eu quero mais é me abrir e que essa vida entre assim
Como se fosse o sol desvirginando a madrugada
Quero sentir a dor desta manhã

Nascendo, rompendo, rasgando, tomando, meu corpo e então eu
Chorando, sorrindo, sofrendo, adorando, gritando
Feito louca, alucinada e criança
Eu quero o meu amor se derramando
Não dá mais pra segurar, explode coração...

terça-feira, 13 de julho de 2010

O diabo é o pai do rock...


Ano passado, inseri no blog um post falando um pouquinho da origem do rock, justamente no dia 13 de julho, data em que se comemora o “dia internacional do rock”. Somente para relembrar a origem, foi tocado pela primeira vez no rádio em 1951 nos Estados Unidos, sendo uma mistura do rhythm & blues e do country. Posteriormente, devido ao seu ritmo animado, tornou-se um movimento apoiado pelo governo americano como uma forma de levantar o astral da população daquele país, diante do dilaceramento emocional provocado pela Guerra da Coréia, e aí ninguém segurou mais, tomou o mundo... A data em específico foi determinada a partir do Live Aid, promovido por vários artistas, em vários locais no mundo, principalmente pela articulação do irlandês Bob Geldof, não somente com motivação artística, mas também social, para apoiar financeiramente países africanos, como a Etiópia. A primeira edição do evento ocorreu em 1985, completando, portanto, 25 anos, neste ano. Leia no blog aquele post antigo, que também fez parte da primeira edição do jornal do Colarinho, onde maiores detalhes poderão ser encontrados.

Quero focar hoje, nesta ilustre data, na nossa cidade de Curitiba, um berço de grandes talentos musicais com instrumentistas de primeira linha. Uma cidade que respira rock’n roll, na sua diversidade e infinita nuance, e cujas bandas se proliferam exponencialmente. O que dizer da banda Blindagem e do Barthenders, lá na época do Aeroanta com as festas Happy Christmas, ou apresentações no Parque Barigui, nos “domingo no parque”? Bandas que ainda estão por aí... Geraldo Junior foi idealizador de um projeto, há mais de 20 anos, na então provincial Curitiba, o qual identificou mais de 200 bandas de garagem; Albertinho, do Blindagem, com uma intervenção recente em somente uma das escolas particulares da cidade, levantou mais de 170 bandas de rock, formadas pelos alunos. Tem muita gente fazendo coisas boas!

Apesar de ainda estarmos muito distantes do grande eixo Rio - São Paulo, onde se lançam as bandas para uma visibilidade nacional, é de arrepiar o que acontece em Curitiba, sem que as pessoas se dêem conta, ou participem. Algumas bandas estão sendo lançadas em outros estados, e outras trabalhando duro por aqui mesmo. Gente daqui, que merece o nosso apoio e admiração, e com os quais compartilho a alegria e a emoção desta data. 

Na seqüência, algumas fotos e links do que tem acontecido na cidade de Curitiba:






domingo, 11 de julho de 2010

Que amor é esse!


Tenho te colocado no obituário da minha vida, todos os dias, mas você é imortal nos meus sentimentos, não some e não vem, nem vai e nem fica, está e nunca está! Diz coisas e não diz, pensa e dissimula, aparece de repente, e em um lampejo se esvai. Me ama e finge que não sabe, me quer e não fica. Sofre e se perde nas sarjetas da sua própria alma. Mergulha no negro das suas frustrações, e enquanto morre, mata!


quinta-feira, 8 de julho de 2010

Breves Citações!


  • Citações Loucas
      "Haverei de arrancar-lhe todos os seus desejos e consumi-los"
(Armando) 
  
  •   Citações Picantes
     "Liberto-me ao brincar no seu íntimo"
(Armando)
    
  • Citações Apaixonadas
     "Meu coração adoece com as suas intermitências"
(Armando) 
  
  •   Citações “Com ou Sem Sentido”
     "Na galáxia, via-láctea, minha odisséia é você"
(Armando) 
     
  •   Citações Ridículas e Infantis
      "Sei que você me adora e quer catchup"
(Armando)


(estas são minhas, mas classifique e envie-me por email citações de sua autoria, para que eu possa incluir no blog, no post “Breves Citações”! que estarei publicando semanalmente todas as segundas-feiras)

terça-feira, 6 de julho de 2010

Procissão


Deixei escorrer pelos sulcos das minhas mãos trêmulas , a   lucidez, a irromper minhas ilusões. Do frio dos meus sentimentos, a lâmina cega da dor mordaz, a inundar meu peito vazio. Por onde andará a juventude dos corações ardentes, a malícia ingênua da paixão, dos corpos quentes, acolhidos pela brisa das manhãs ensolaradas? 

Deixei entrar em minha vida a morte, a secar o pulsar das minhas veias. Amordacei os cães, e seus latidos cessaram. Cerrei as portas e janelas, e selei todos  os meus sonhos. Cravei em mim uma cruz de despedida, como destino vão. Em minha alma, o silêncio enfado e mórbido, um préstito a vagar sem rumo e sem luz, na podridão do tempo.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Verdadeiras Mulheres...


Há um desvairamento em grande parte das mulheres, e nem sei bem como focar o assunto! Relevante, aos olhos das pessoas encantadas, pífio às insensíveis e desajustadas, sutil às elegantes, e arrogante às parciais. Aos homens de verdade, de extrema importância convergir, e às mulheres de verdade, de fácil consenso. Um olhar conflituoso ao complexo mundo das relações entre homens e mulheres, um descompasso e um desarranjo muitas vezes desconfortável.

Não obstante à história, com as operárias que morreram queimadas, ou com a queima de sutiãs em praça pública, ou ainda com os ícones femininos que provocaram profundas mudanças nos hábitos e costumes de toda a sociedade, difícil se faz entender a obsessiva luta pela igualdade entre os sexos. Como querer igualar em tudo, os diferentes? Homens são homens e mulheres são mulheres, apesar dos direitos serem iguais, ou ao menos deveriam ser. A igualdade é justa em diversos temas, como o trabalho,  acesso, entre outros, mas não em tudo. Homens e mulheres nunca serão iguais, pois complementam-se...

Sou fã das mulheres, das verdadeiras mulheres, e assim como eu, tenho a certeza que muitos homens se encantam e são cativados pelo carisma, pela ternura, pela sensibilidade e pela inteligência delas, assim como não abrem mão de que sejam independentes, pois é a independência que mantém o brilho em seus olhares. Com as boas mulheres, os homens se sentem acolhidos e encorajados, seguros e felizes. Se sentem capazes e enxergam o mundo de uma forma diferente, com respeito, carinho e amor. Elas também se sentem acolhidas, amadas e potencializam ainda mais os seus verdadeiros desejos, realizam sonhos. Podem voar, na sua plenitude, pois encontram todo o amparo, quando necessário for.

Nem todas as mulheres são encantadoras, somente as verdadeiras mulheres. Aquelas que querem ser iguais aos homens são repugnantes, pois  homem é homem e mulher é mulher, como mencionei anteriormente. Sempre que querem ser iguais, tornam-se amargas e perdem seu encanto. Perdem também o carisma, a ternura, a sensibilidade, e deixam de lado a sua inteligência. Acham-se então, tão independentes, mas dependem de remédios, plásticas e roupas de marca, além de amigas também dependentes para valorizarem-se entre si. Um ciclo perverso e perigoso de deterioração de valores e de amor-próprio.

Acabam por fazer parte das fantasias dos outros, os quais simplesmente as usam. Vivem em festa, prontas para serem assediadas e sempre acabam na cama de alguém, independente de quem seja. Acham-se espertas, e acumulam riquezas e homens quaisquer, e assim, contabilizam momentos e não afeto, mágoas e não amores, experiências ruins, nem um pouco saudáveis, perdas e não ganhos. Acham-se poderosas, cujo assédio se acaba diante de outra igual, mais jovem ou com melhores atributos físicos. Divertem-se ao invejarem as verdadeiras mulheres e ao depreciá-las e se acham próximas, ou quase homens.

Um triste paradoxo de felicidade: rodeadas de homens ou de outras mulheres badaladas, rendem-se à solidão. Escoram suas vidas infelizes nos falsos sorrisos e confetes, e na ilusão, que lhes remete à profunda frustração e ao declínio. Querem desesperadamente ser acolhidas, mas resta-lhes a imaginação de um grande encontro com a dignidade. Falta-lhes tempo, quando ainda há tempo. Um axioma das escolhas erradas nas horas erradas. Uma triste realidade.

Por fim, não por machismo ou conservadorismo, mas às verdadeiras mulheres pertencem os verdadeiros homens; às outras, o que vier...